THERAPY || VEGASPETE

CAPÍTULO 7 - LEMBRANÇAS

Abram a mídia
é a oitava maravilha do mundo

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Aquela noite passou com calma, entre risos gostosos e um Pete bobo por estar noivo, Vegas até tomou seu lugar na cozinha e fez macarrão instantâneo para o jantar - dessa vez com a quantidade apropriada de água.
Pete não conseguia acreditar que tudo estava dando tão certo, que finalmente estava com a pessoa que amava e com o apoio do melhor amigo, não via a hora de contar a ele sobre a novidade. O único receio sobre o casório era o sogro, ele não fazia ideia de como aquela maldita cabeça homofóbica reagiria ao seu primogênito se casando com outro homem.

Pete temia alguma atitude drástica.

Ele odiava Kan por vários motivos mas o maior de todos era saber que Vegas ainda amava o pai e o perdoaria se ele pedisse desculpas por tudo que havia feito e por todo o mal causado.
Ele tinha isso em comum com Vegas, o dom de perdoar as pessoas mesmo quando havia sido ferido de formas cruéis.

Ao sair do banho, Vegas encontra Pete em frente ao espelho tentando fechar uma correntinha no pescoço, estava usando uma de suas calças e sua camisa. Vegas já havia se acostumado a vê-lo usar suas roupas, Pete estava morando ali há semanas e não tinha se dado o trabalho de voltar a casa da primeira família para buscar as próprias roupas.

— Me ajuda com isso — Pete resmunga se aproximando de Vegas que ri.

— Cuidado pra não atirarem em você achando que sou eu — Vegas diz enquanto fechava a pequena corrente, assim feito, ele envolve o garoto pela cintura observando-se no espelho junto dele, nunca havia se sentindo daquela forma. Tão completo. Tão bem.

— No que está pensando? — Pete pergunta baixo colocando as próprias mãos sobre as de Vegas em sua cintura enquanto o olhava pelo reflexo.

— No quanto eu amo você — Vegas responde baixo, o semblante relaxado e calmo. Feliz — E em como eu nunca senti isso por ninguém desse jeito. Nunca. Eu seria capaz de fazer qualquer coisa por você.

Pete se vira para o rapaz o olhando nos olhos, ele sabia daquilo, sabia do que Vegas era capaz de fazer por ele e talvez isso fosse que fizesse-o se sentir tão seguro com o mesmo.
Suas mãos sobem até o rosto de Vegas deslizando calmamente por suas bochechas, ele se aproxima e então toma os lábios vermelhos em um beijo lento e calmo, ele não era bom em expressar sentimentos mas aquela era sua forma de dizer que aquilo era mútuo.

Que ele também faria qualquer coisa por Vegas.

— Tem uma coisa que eu quero — Pete murmura baixo ao se afastar dos lábios do garoto.

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Vegas estava nervoso, estava em frente ao escritório de seu pai. Seu coração batendo rápido e suas mãos suando, estava com medo.
Ele sempre sentia medo quando estava perto de Kan e isso ficava estampado em seu rosto.

— Entre — Ele ouve a voz do homem vir de dentro da sala e então adentra o comodo, os olhos de Kan recaem sobre a imagem do filho, esbanjava desinteresse — Que merda você fez para eu concertar dessa vez?

— Nada, na verdade. Só quero conversar — Vegas diz se sentando em uma das cadeiras em frente a mesa do pai, seus olhos permanecem fixos nas próprias mãos por alguns segundos.

— O que quer? Não tenho tempo pras suas baboseiras agora — Kan diz, o mesmo tom seco e amargo de sempre.

— Eu... — Vegas tenta começar, mas nada sai.