Ela acreditava fielmente que Akutagawa estava mentindo, estava naquele bar apenas para provar o contrário a ele.
- Vamos fazer um acordo. - Ela desviou o olho do telefone e olhou para ele. - Se o Dazai te mandar uma mensagem eu deixo a agência livre dos meus ataques por um ano. Se ele ligar, eu encerro a Máfia do Porto.
- Ele deve estar preocupado, mas está trabalhando. - Ela colocou o celular longe. - Você precisa largar esse ressentimento pelo Dazai e aceitar que ele é uma boa pessoa.
- Uma boa pessoa que te bateu? - Ele quis reviver uma lembrança.
- Foi sem querer. Eu estava te defendendo.
- O primeiro soco foi sem querer, mas e o resto, Cora?
Ela não respondeu.
- Akinho. - Ela pousou o copo. - Me desculpe por ter ido embora naquele dia, por ter traído a Máfia e por ter abandonado você.
- Não me chame assim, quantas vezes tenho que repetir.
- Akutagawa. Me desculpe.
Foi a vez dele usar a bebida para escapar da resposta.
- Eu estou mais chateado porque você sabe o que é ser abandonada e mesmo assim não pensou duas vezes antes de ir embora.
- Eu deveria ter ido te ver não é? Mas acho que pegaria mal pra mim e as pessoas não iam confiar numa detetive que anda na Máfia.
- Quem te disse isso?
- O Dazai.
- Entendi.
- Não, por favor, não o leve a mal! Ele não queria nos afastar. Ele só estava preocupado.
- Sim, estava. - Foi sarcástico. - Cora, diferente de você eu não estou mais obcecado pelo Dazai, não quero falar sobre ele. Se você quer viver nessa mentira amorosa, problema seu.
- Você continua com a alma de um velho ranzinza, não acredito que senti falta disso.
- Eu quem deveria dizer isso, na verdade não sei como suportei seu otimismo por tanto tempo. - Encheu seu copo. - Lembra quando você não queria torturar ninguém no estacionamento das docas? Achando que eles iam delatar os superiores só na conversa.
- Você devia ter levado minha ideia a sério, aquilo foi uma chuva desnecessária de sangue.
- Ninguém tinha levado sua idéia a sério. - Num movimento incomum, ele deu um breve sorriso.
- O Oda levou! - Ela fingiu estar ofendida.
- E depois você ficou completamente apaixonada por ele, queria se casar com ele.
Ela enterrou a cabeça na mesa, sua face estava mais vermelha que os cabelos de Chuuya.
- Não me lembra disso, Akinho!
Eles ficaram enevoados pelo clima nostálgico até a sexta garrafa acabar, depois disso, Akutagawa levou Cora até o complexo de apartamentos da Agência, Dazai estava na varanda do seu, observando a dupla do segundo andar.
- Viu, ele estava me esperando.
Ryonosuke pegou o celular da amiga e adicionou seu novo número.
- Se ele estiver realmente preocupado com você, me ligue e eu te pago bebida por um ano. Seja honesta.
- Você parece estar realmente se divertindo com isso.
- Estou abrindo os olhos de uma amiga. - Colocou as mãos no bolso, caminhando até sumir na névoa.
Cora subiu as escadas e entrou em seu apartamento, verificou o quarto de Q, ele dormia calmamente, abracado na boneca que carregava desde a infância. Sorriu ao ver o mais novo em paz, depois foi à cozinha buscar um café, esperava uma ressaca das boas.
- Achei que fosse acompanhar ele até o elevador.
- Ah, Dazai. - Sorriu vendo que ele entrou, talvez devesse aprender a trancar portas. - Eu acompanhei mas... aconteceu muita coisa... e ele me levou num bar... e...
- Você está bêbada? - Deu um passo até ela, o cheiro de bebida confessava o estado da mais nova.
- E você está sério demais. - Se afastou dele, batendo as costas na porta fria da geladeira. - Estava preocupado comigo, meu bem?
- Estava preocupado com o Akutagawa, dele te ludibriar e você voltar a Máfia. - O sorriso dela de repente sumiu. - Disse algo errado?
- Não. - Ela riu, abaixando a cabeça até o peito dele. - Claro que não.
- Vamos pro meu apartamento. Vou te preparar um chá.
- Claro.
Do outro lado da cidade, Akutagawa também dormiu bem.
Nenhum ligação atrapalhou seu sono.
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#𝟎𝟏 mondays╰☼╮𝐎𝐒𝐀𝐌𝐔 𝐃𝐀𝐙𝐀𝐈
Fanfic- 𝐔𝐧𝐞 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐢𝐫𝐞 𝐬𝐮𝐫... Cora apenas odiava como suas segundas pareciam cinzas ao lado de Dazai, que ele apenas permanecia ao seu lado quando precisava de alguma coisa. ┌──── " ao clube de tristeza e melancolia, essa definitivamen...