As famílias Andrade e Freire sempre foram muito amigas.
Sarah e Juliette cresceram juntas e desenvolveram uma amizade que há muito tempo havia se transformado em algo a mais.
Sarah (Intersexual).
Kerline não conseguir prestar atenção na reunião sobre a empresa por conta do irmão está no hospital. Kefera fica preocupada com Kerline. ____________________________________________________________
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- Calma, Kéf. Você já tentou falar com ela? - Perguntei enquanto íamos a minha sala na empresa.
- Ontem eu liberei para ela acompanhasse a cirurgia do irmão. Eu liguei a noite, mas ela não me atendeu. - Disse triste. - Eu não sabia que se passava tanto medo na cabeça dela em relação a nosso relacionamento.
- Tenta falar com ela hoje e a chame para sair. Converse com ela.
- Eu falei, amiga. Obrigada pela paciência de sempre. - Disse sorrindo para mim. - Agora me fala sobre você e Juliette. Já fez o pedido de casamento?
- Para de brincadeira. Eu ainda estou na ansiedade de pedí-la em namoro e ter nossa primeira noite.
- Não rolou ainda? - Perguntou espantada. - Pensei que fosse se entregar no primeiro beijo. Vocês tem tanto desejo reprimido que não sei como estão aguentando até hoje.
- Nem eu sei, Kéf. - Disse coçando a nuca. - Mas tenho planos para está semana, quero fazer algo especial. Desejo me declarar para ela e fazê-la minha.
- Vocês são lindas. Espero que Kerline me ouça e possamos seguir em frente. Ela mexe comigo, Sarah, que tenho até medo desse sentimento.
Sorri para ela e dei-lhe forças para tentar novamente. Torcia demais pelas duas, sabia que minha amiga tinha sentimentos verdadeiros por Kerline e que era recíproco.
Pov Kéfera
Passei pela seção que Kerline está estagiando e a observei digitando algo no computador. Sua dedicação sempre tão presente dava-me certeza que escolhi a estagiária certa.
Passei tanto tempo a observando que ela acabou me flagrando enquanto alongava as costas.
- Senhorita Buchmann, eu não havia a visto aqui. Está precisando de algo?
" De você" - Pensei comigo mesma.
- Queria que fizesse algumas observações em uma documentação que lhe enviei por e-mail. - Disse tentando puxar assunto.
- Sim, estou fazendo isso agora, senhorita. Mais alguma coisa?
- Não, na verdade, eu queria conversar com você.
- Claro. - Disse se levantando prontamente.
- Não precisa ser agora. Vá até minha sala quando acabar com as anotações, por favor.
- Sim, senhorita Buchmann.
Sai de lá com ansiedade para nossa conversa. Tentei me concentrar em algo que me distraísse, mas nada me fez esquecer dela. Após menos de uma hora, minha secretária avisou que Kerline havia chegado e logo eu a autorizei a entrar.
- Com licença, senhorita Buchmann. - Disse hesitante. - Eu já fiz as anotações que a senhorita me solicitou. Estão todas aqui na pasta.
- Sim, obrigada. Eu não lhe chamei para isso. Queria saber se podíamos conversar sobre assuntos pessoais. - Ela franziu a testa e eu já imaginava sua resposta, então, tratei de falar algo antes dela negar. - Precisamos conversar, Kerline. Eu gostaria muito de ter a chance de concertar o que fiz, eu errei em não te ouvir. Não sabia que tinha tantos medos que te assombravam.
- A senhorita quer tratar de algum assunto da empresa?
- Kerline, por favor. Não cometa o mesmo erro que eu. - Disse me levantando e indo ao encontro dela. - Já cometemos todos os erros que tínhamos que cometer no nosso relacionamento, agora vamos tentar juntas consertá-los.
- Nossa relacionamento falido?
Fechei meus olhos em sinal de arrependimento.
- Perdoe-me pelas palavras duras. Eu estava com raiva e acabei me excedendo. - Disse segurando sua mão. - Por favor, vamos tentar de novo, nos dá uma chance, por favor. Éramos tão felizes juntas.
- Trabalhamos juntas agora. Você é minha chefe. Não sei se seria ético. - Disse aceitando minha aproximação.
- Podemos ser discretas, agirmos profissionalmente aqui. - Disse alisando seu rosto e me aproximando mais dela.
Encostei nossos lábios e ela se afastou de mim.
- Seus atos estão contradizendo suas palavras.
- Você tem razão. Posso ir na sua casa hoje? - Perguntei, tentando soar inocente. - Juro que é sem segundas intenções, só quero ficar um tempo com você. Conversar sobre nós, resolver nossa situação.
- Juliette irá para minha casa hoje. E amanhã levarei Seth ao ortopedista.
- Certo. - Disse triste. - Posso te mandar mensagem para combinar algo quando tiver tempo?
- Pode sim. - Disse sorrindo e aproveitei para me aproximar dela e dá-lhe um selinho. - Com licença, senhorita Buchmann. - Disse com um sorriso safado no rosto.
