32 - I will be here

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POV NOAH

— Eu sinto muito... - Disse ele, olhando para mim. Meu braço estava em meu colo. — Ela esta está com câncer.

E foi ali que meu mundo parou.

Câncer.

Sina estava com câncer.

Aquele tempo todo, todas aquelas dores eram por conta do câncer. A dor de ontem não era por causa da nossa discussão, e sim pelo câncer.

Você nunca sabe como se comportar quando você espera uma coisa e a vida te dá outra. Eu esperava, sem dúvidas, que Sina estivesse uma simples dor de no coração por causa de algum esforço e que eu pudesse tomar um remédio forte ou, talvez, até algum probleminha bobo que seja fácil de ser curado e que melhoraria em duas, três semanas, não um câncer no coração onde a única solução seria fazer quimioterapia e mesmo assim não ter certeza de que ela iria ter a cura em mãos.

— E-e é onde esse câncer? - Any perguntou soluçando.

— No coração. - deu uma pausa olhando alguns papéis. — Esse foi o motivo da hemorragia na madrugada. O câncer ainda tem tratamento, como quimioterapia e radioterapia.

— Então não é nada tão grave? - pergunta Josh.

— Bem, podemos dizer que sim. A chances de cura são grandes, mas as chances da piora, também. Temos que fazer alguns exames nela ainda para darmos uma resposta a isso.

— Ok.

— Inclusive preciso fazer algumas perguntas a vocês. Ela sentia alguma dor no peito ou algo do tipo? - pergunta.

— Sim, dor no peito, cansaço e falta de ar, e ontem a hemorragia. - explico.

— Certo. E a quanto tempo ela tem essa dores?

— No máximo uns dois, três meses.

— Frequentes? - ele anotava todas as informações.

— Antes não muito, mas ultimamente, sim.

— Bom, iremos fazer uma bateria de exames nela e logo daremos a ficha oficial de tudo. Assim que os pais dela chegarem, peçam a moça da recepção para me chamarem, preciso conversar com eles mais delicadamente.

— Ok. Podemos ver ela?

— Sim, ela está dormindo, mas podem ficar lá até o horário de visita acabar. Somente um pode passar a noite. A sala dela é no segundo corredor a direita, quarto 112.

— Certo, obrigada doutor...? - pergunto.

— Santiago. - sorri simpático.

— Obrigada, doutor Santiago!

Saímos do consultório e fomos em direção ao quarto 112. Any, Josh e eu não falavamos nada, não tinha o que dizer.

Sina estava com câncer e poderia nos deixar a qualquer momento. Não fazia sentido, porque isso estava acontecendo logo agora?

Entrando devagar no quarto de Sina. Ela estava deitada na cama com roupa de hospital e vários frios ligados em seu corpo. Não consegui segurar o choro, me doía ver ela daquela forma...

Chegamos perto da cama vendo-a mais de perto. Ela tinha sua pele mais rosada, que penso ser efeito de algum remédio, talvez.

— Ei minha garota... - passo o indicador em sua bochecha. — Eu te amo, prometo não te deixar sozinha, vou estar aqui o tempo todo por você, ok? - limpo uma lágrima.

NEVER BE ALONE • NOARTOnde histórias criam vida. Descubra agora