43 - candy and balloons

251 31 114
                                    

não, eu não morri kkkkk
never be alone vai continuar galera, leiam as notas finais.
_____________________________

POV SINA DEINERT

Mais um dia.

Noah e eu estavamos a caminho do hospital para fazermos a segunda sessão de quimioterapia. Minha mãe ia com meu irmão no outro carro, pois eles iriam fazer compras durante o processo.

Noah e eu estavamos em silêncio. Não é um silêncio desconfortável, apenas não tinhamos nada para dizer. As vezes sentia o olhar dele sobre mim enquanto eu olhava as casas pela janela.

Desde quando eu fiz a minha primeira quimioterapia, as coisas em minha cabeça começaram a bagunçar. É tudo estranho, não sei como explicar bem.

Me sinto bem e confiante, sinto que vou vencer isso, vou ficar bem e que vou voltar a viver como era antes. Mas por outro lado, me sinto frágil, me sinto uma doente, que todos tem dó agora. Sinto que a qualquer momento não irei mais respirar.

Sinto a mão de Noah sendo colocada por cima da minha, fazendo com que eu saia do meus pensamentos e perceba que estava tremendo e respirando rápido.

— Respira fundo. Está tudo bem. - Noah diz calmo, entrelaçando nossos dedos. — Vamos lá, princesa, você consegue, 1, 2, 3...

Olho para ele e faço o que ele pede. Respiro fundo, contando até dez na mente. Ele leva nossas mãos apenas para mudar a macha e logo devolve-las no meu colo.

— Está melhor? - pergunta me olhando rápido.

— Sim, obrigada. - sorrio fraco e abaixo a cabeça.

— O que você estava pensando que te deixou dessa forma? - demoro um certo tempo para responder.

— O de sempre. Não aguento mais isso me atormentando... - confesso.

— Tente não pensar nisso. Eu sei que é difícil, mas bem, você pode tentar. - deu de ombros. — O que você queria muito fazer antes do 30? - perguntou.

Eu amava a forma na qual ele sempre tentava me distrair quando algo me assombrava. Por mais que, os pensamentos sempre voltavam, não tinha jeito, era normal, Noah sempre tentava fazer o que podia para tentar me afastar deles. Confesso que sim, funcionava durante um certo tempo, mas não era tão eficaz.
Mas era lindo o jeito que ele achava que estava funcionando, não o julgava, nem tentava cortar o seu barato. Sei que ele tentava ao máximo me ajudar, e eu era grata por cada coisinha na qual ele fazia por mim. Ele estava se esforçando para me ajudar, e eu estava me esforçando para ser ajudada.

— Matar uma pessoa. - disse simples.

Noah parou no sinal e me olhou com os olhos mais esbugalhados do que de uma pessoa que acabou de maratonar uma série de filme de terror.

— Você está falando sério? - assenti. — Você só pode estar brincando... - negou inconformado.

— Claro que estou brincando, bobão! Não tenho nem coragem de matar uma barata, quem dirá um ser humano... - ri da expressão de alívio dele.

— Você é louca! - volto a dirigir.

— Enfim, não sei... - olhei para a janela e comecei a pensar.

NEVER BE ALONE • NOARTOnde histórias criam vida. Descubra agora