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"Desaparecimento"

"Carl, fique onde eu posso te ver okay?" Lori avisou o filho.

"Você também Sophia." Carol reforçou, as crianças concordaram.

Ayla chegou até às mulheres com Aelin ao lado. Aelin já com algumas coisas em mãos, do que acharam de útil.

Ayla fez um "psiu!" para Carl e Sophia, chamando a atenção de Carol e Lori também.
Ela então olhou em volta, e se aproximou exageradamente 'discreta' dos dois. As mães riam do jeito da garota com seus filhos.
Ayla então levou um dedo aos lábios como se indicasse que deviam manter segredo do que ela ia dizer.
As crianças riram com gosto e concordaram.

Ayla acenou satisfeita e indicou que Aelin mostrasse o que encontraram. Aelin o fez com um grande sorriso.

"Isso é..." Começou Sophia.
"Chocolate!" Carl exclamou animado com o simples doce.

Ayla sorriu com as reações, mas voltou a personagem 'discreta' dizendo:
"Não podemos dizer aos outros. Temos só uma barra. Então vão ter que dividir entre vocês." Carl concordou na hora, Sophia também.

"Muito bem." A garota começou e olhou sua irmã. "Aelin, faça as honras." Falou como se fosse um papel importante e Aelin riu repartindo o doce com seus amigos.

Ayla finalmente parou com o teatro quando eles começaram a comer.
"Isso é melhor do que eu lembrava..." Murmurou Carl enquanto comia um pedaço da barra.

Ayla então se voltou para as mulheres que os observavam.

"Você não tem uma pra nós dividirmos também?" Carol brincou fazendo Ayla rir.

"Infelizmente, não. Vai ter que lutar por um pedaço com as crianças." Retornou com humor.

"Okay, okay. De volta a busca. Tenho certeza que vai ter outra barra aqui." Lori disse divertida enquanto olhava o porta-malas de um carro.

Ayla e Carol fizeram o mesmo, aproveitando a empolgação de Lori.
Ayla estava satisfeita. Conseguiu animar as crianças e até Lori.

"Você parece feliz. Mesmo depois do CDC." Carol comentou para a jovem e Ayla deu de ombros envergonhada. Ela tinha um bom motivo pra isso.

Carol sorriu e voltou para as malas. Encontrou algumas roupas em um dos veículos.
"Bom achado. Vamos precisar de roupas." Ayla elogiou vendo as peças com Carol.

A mulher concordou olhando uma blusa vermelha.
"Eddie nunca me deixaria usar algo bacana assim." Disse com certo pesar.

Ayla a olhou com receio pensando em todas as vezes que notou o relacionamento estranho do homem com a família, mas não teve iniciativa em se envolver. Para sua surpresa, Carol riu antes de completar baixo:
"Agora eu posso usar."
Isso surpreendeu Ayla. Mas ela entendeu. Eddie podía estar morto, mas para Carol, não foi uma perda.

"Me desculpe por não ter feito nada por você no acampamento." Ayla murmurou. "Eu imaginava como ele era mas..." Respirou fundo. "Nunca tive coragem o suficiente pra te ajudar. Eu..." Não conseguiu completar, apertando o punho com as lembranças que vieram.
Não teve iniciativa nem quando era ela mesma numa situação abusiva. Como teria com uma estranha?

Carol a observou atentamente por um momento.
"Você tem o costume de se culpar por coisas que estavam além do seu alcance." Afirmou, trazendo Ayla de volta a si.
Ayla queria dizer algo. Abriu a boca e fechou várias vezes, mas nada saiu. Até Carol entender e completar:
"Eu sei como é. Eu também tenho o mesmo costume." Disse compreensiva, desviando a atenção para a tarefa outra vez.
"Mas nós não precisamos mais ser assim."

;P᥆ᥒt᥆ ᥱ Vίrgᥙᥣᥲ| Gᥣᥱᥒᥒ Rhᥱᥱ.Onde histórias criam vida. Descubra agora