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Provavelmente muitos se perguntam o porquê a maioria das pessoas tem tanto medo de Henry Campbell. E hoje eu venho explicar este mistério.

Mas para isso, precisamos voltar para 27 de junho de 1980.



Quarto ano no fundamental, sem muitos amigos mas muito elétrico e comunicativo, e sempre bem visto por suas notas. Ali estava o pequeno Campbell em sua aula de matemática, faltando menos de cinco minutos para acabar a aula, o garoto levantou a mão.

“Professora, posso ir ao banheiro?”

“Agora, Henry? A aula já está acabando, querido.”

“Por favor! Eu não estou me sentindo bem.”

Ela suspirou e se rendeu, abrindo a porta para ele, que saiu em disparada para fora.

Já no meio do corredor, ele sentiu a visão ficar turva e as mãos suarem. Tentou respirar fundo mas nada adiantava, sua cabeça continuava girando.

Até que parou, mas agora foi atingido por uma dor insuportável no local que o fez cair de joelhos no chão.

Ele não sabia o que estava acontecendo, escutava crianças gritando em sua cabeça, flashes de algum lugar muito escuro e um bicho, muito horroroso que estava prestes a atacar um garotinho encolhido.

Henry não sabia por quanto tempo ficou naquele estado, agonizando e batendo na própria cabeça para que tudo parasse. Mas alguém bateu em seu ombro.

“Ei esquisito! Saí do chão.”

Ele escutou quando tudo parou. E não sabe o que deu em si, mas quando percebeu, havia dado um soco no garoto que estava ao seu lado.

“SAI DE PERTO DE MIM!” Gritou.

No momento que voltou a si, notou uma roda em sua volta e do garoto abatido, que agora chorava e passava a mão pelo nariz sangrando, provavelmente quebrado. Henry olhou para todos, que o encaravam com medo e sussurravam coisas umas paras outras.

A diretora chegou no local, analisando toda a situação.

“Chamem uma ambulância para esta garoto. Campbell venha comigo.” Sua voz era sombria e muito firme.

“A-a culpa não foi minha, eu juro. E-eu-”

“Para minha sala. Agora.” Repetiu.

Ele foi andando com ela, e notando que todos se afastavam de acordo que ele ia passando.

Depois daquele episódio, cogitaram em expulsar Henry da escola, mas sua mãe implorou para que não o fizessem.

Seus pais o levaram em inúmeros médicos, que ouviram suas explicações e sintomas daquele dia. E todos disseram que era "estresse pós-traumático".

Mas como? Ele nem se lembrava de sua infância antes dos 8 anos.

Na escola, seus apelidos de transformaram de "pequeno gênio" para "bomba relógio". Até mesmo alguns professores tinham medo de chegar perto disso. Ele se sentia um monstro.

É claro, depois de alguns anos, isso foi se acalmando um pouco. Mas como uma criança de 9 anos vive sabendo que a qualquer momento pode ter mais uma crise e socar a cara de alguém?

𝐦𝐚𝐠𝐞 𝐨𝐟 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 , will byers.Onde histórias criam vida. Descubra agora