12.

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24 de março,
1986.
narrador.

Os garotos acompanhavam tudo ao lado da banheira improvisada, todos suspiraram aliviados quando Eleven parou de agonizar e voltou a respirar normalmente.

Will olhou orgulhoso para Henry, mesmo sabendo que ele não poderia vê-lo.

Mas por outro lado, também viram e estranharam quando a mão de Campbell que estava na cabeça de El, caiu para o lado mas ele continuava de olhos fechados.

-- Mas como ele... - Jonathan não teve tempo de terminar a frase.

Pois todos congelaram quando Henry começou a voar no ar, e seus olhos praticamente estavam rolados para trás.

-- Henry?! - Will foi o primeiro a tentar puxa-lo para baixo, mas seu corpo estava duro e parecia em transe.

-- Ajudem o Henry! Ajudem o Henry! - Escutaram Eleven gritar.

-- Ajudar como? O que vamos fazer? O que está acontecendo aí? - Jonathan dizia desesperado.

-- E-eu não sei.... eu não sei... - A voz dela parecia embargada.

-- El, o que aconteceu com Henry?! - Will gritou.

-- Ele foi pego. - Ela disse em voz baixa, mas todos escutaram.

O desespero bateu em todos, ninguém sabia o que fazer, ninguém sabia como detê-lo.

Will começou a sentir as lágrimas descerem pelo seu rosto. Ele não queria perder Henry daquele jeito. Tão cruel.

-- El, por favor. Faz alguma coisa, ajuda ele! - Ele suplicou.

-- Will, eu estou fraca, não sei se consigo. - Respondeu.

O que não era mentira, mesmo eles notavam que sua respiração continuava pesada.

-- Me desculpa, Will... - Sua voz estava embargada.

&&

Henry acordou em sua casa na Califórnia, em um dia habitual.

Mas espera..

-- Porra, o filho da puta me pegou. - Ele disse para si mesmo.

Respirou fundo, saiu de seu quarto e desceu as escadas. Indo para a cozinha, encontrando a imagem de seus pais no cômodo.

-- Au, agora pegou na ferida, Vecna.

-- Com quem está falando, querido? - Sua mãe perguntou.

-- Com os deuses do além. - Murmurou e se acomodou na cadeira.

Sua mãe sorriu para ele, e sentou-se ao seu lado. Logo, seu pai apareceu com sua carranca.

Os dois começaram a comer em silêncio, mas Henry nem tocou na comida.

"Começa logo seu show de horrores, babaca." Ele pensou, olhando ao redor.

-- Hen, você sabe se Lucius já acordou? - Sua mãe perguntou.

-- O que?

-- O Lucius, meu bem. Você está com a cabeça na lua hoje.. - Disse docemente, e passou seus dedos pela bochecha do filho. Que desviou, desacostumado com todo aquele carinho.

-- Lucius está morto. - Sua voz estava seca, assim como seus lábios trêmulos.

-- Claro que não. Seu irmão está dormindo. - Seu pai foi quem disse agora.

-- Oh, olhe ele aí. - Sua mãe olhava para a escada, e todos o fizeram.

Quando Henry se virou, e lá estava ele. Seu irmão mais novo, Lucius Campbell.

𝐦𝐚𝐠𝐞 𝐨𝐟 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 , will byers.Onde histórias criam vida. Descubra agora