Capítulo Seis

948 136 77
                                    

Boa leitura!

A pior parte de estar sem se alimentar há muito tempo, é alucinar e Verônica odiava tremendamente ficar fora de si

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A pior parte de estar sem se alimentar há muito tempo, é alucinar e Verônica odiava tremendamente ficar fora de si. Encarando o canto do pequeno quarto, ela assistiu o sangue denso escorrer pelas paredes se acumulando no chão em poças que aos poucos se uniam uma à outra, dobrando de tamanho. Seus instintos predatórios e famintos, lhe imploravam para que ela fosse até lá e bebesse daquele sangue. Verônica até iria, se não soubesse que no fim das contas estaria apenas lambendo o chão. 

Virando-se para a parede a qual a lateral da cama estava encostada, ela constatou que não havia "sangue" correndo por ela, o que de certa forma deixou a vampira aliviada. Observando o cimento próximo ao seu rosto, ela encarou as pequenas imperfeições que o pedreiro que havia construído tinha deixado para trás. Mordendo os lábios a vampira catalogou cada pequeno detalhe, em uma tentativa de fazer o tempo correr mais rápido, sem que precisasse dormir outra vez. Foi quando notou algumas marcas distintas, pareciam ter sido feitas há alguns bons anos, com os lábios pressionados em uma linha firme, a vampira concluiu que não era a primeira a ficar naquele quarto, as marcas de unhas se aglomeravam na parte superior da parede e no teto, como se de alguma forma a pessoa, ou a criatura, tentasse abrir um buraco por onde pudesse escapar, mas pela falta de fissura ou até mesmo de marcas que denunciam um antigo rombo, com certeza tinha falhado. 

— Verônica? — ela virou seu rosto para a porta do quarto, assustada.

— Quem é? 

A tranca da pequena janelinha embutida na porta rangeu ao ser puxada. Verônica pulou da cama ao ouvir, colocando-se bem em frente a abertura encarando um par de olhos verdes de um caçador que ela não fazia ideia quem era. 

— Taehyung está perto. O ponto de encontro é nas torres. — o homem murmurou e ela sentiu o alívio se apossar de seu corpo. Seus músculos tensos, aparentavam ter passado por uma bela sessão de massagem de tão suaves que ficaram, ao ouvir o nome de Taehyung. 

Sem perder muito tempo, o homem enfiou o braço pela pequena janela e Verônica pode ouvir o som do pulso dele, o rapaz estava, de fato, nervoso, e ela tinha noção de que ele estava assim pela compulsão que o vampiro tinha usado para forçá-lo a ir até lá e oferecer seu sangue para uma vampira faminta. 

Olhando-o nos olhos ela segurou o braço que se estendia para dentro e ditou a ordem:

— Não grite. — o caçador assentiu lentamente.

Com as presas expostas, Verônica rompeu a pele do pulso e todas as suas camadas finas, assim como o conjunto de veias, que passaram a jorrar sangue morno em sua boca. O homem se moveu em uma espécie de reflexo, tentando sair dali, mas não saiu, permaneceu ali, sendo obrigado pela compulsão que se expandia se sobrepondo aos seus próprios quereres. A vampira sorriu enquanto se alimentava, não ligando para a linha de sangue que escorreu por seu queixo. 

When Night Comes Onde histórias criam vida. Descubra agora