Capítulo Quatro

927 145 70
                                    

— Como isso é possível? — Verônica soltou, ainda sem desviar o olhar do ferimento alheio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Como isso é possível? — Verônica soltou, ainda sem desviar o olhar do ferimento alheio. 

— É o que eu gostaria de saber, foi sua amiga que fez a poção. — Jungkook retrucou, virando o rosto para ela — Tem certeza que ela usou apenas seu veneno e sangue? 

— Não sei, pelo menos não sei mais. Ela me garantiu que só usaria isso e a magia dela para fazer funcionar como esperado... — o tom de voz da vampira foi perdendo a força e ao vê-la cambalear para frente, quase caindo no chão, Jungkook a segurou, fazendo com que ela se sentasse sobre a tampa da privada. 

O movimento brusco os fez sentir dor.

— Você está bem? — o caçador a soltou, olhando-a com atenção. Verônica sacudiu a cabeça de maneira negativa e quando abriu os olhos, encarando-o, ele pode ver as orbes mescladas em vermelho e preto. 

— Não consegue sentir o quão fraca estou? 

Jungkook pensou em responder que não, mas sabia que conseguia, agora que tinha descoberto que estavam ligados, fazia sentido toda a sensação de cansaço que estava sentindo horas atrás, não era ele quem estava esgotado, era ela. 

— Preciso de sangue para conseguir me recuperar. — Verônica continuou. 

— Tem algum sangue estocado na casa? — Jungkook ergueu o corpo, disposto a ir buscar, mas a vampira lhe lançou um olhar torto.

— Se tivesse sangue nessa casa, eu não estaria nessas condições. Não me alimento direito desde que vocês montaram a guarda no banco de sangue da cidade e eu não tive muito tempo para beber de Calum, ontem. — contou com acidez transbordando em seu tom. 

O silêncio tomou conta do ambiente e Verônica manteve os olhos no caçador. Ela não precisava de muito esforço para ouvir as batidas do coração dele, forte e pulsante, podia facilmente imaginar o sangue sendo bombeado pelas as veias, quente e saboroso. Descendo o olhar pelos bíceps e tríceps do dhampir, ela admirou as veias expostas no antebraço. 

— Eu poderia me alimentar de você. — sugeriu, dessa vez encarando Jungkook nos olhos. 

— Não. — ele recusou de imediato. 

— Vai me deixar morrer de fome? — Verônica indagou, enquanto assistia ele abrir o armário embaixo da pia, começando a procurar algo — Não sabemos até onde essa ligação nos afeta e se você morrer? 

— Está preocupada comigo? — Viu ele erguer uma sobrancelha. 

— Pelo contrário, pouco me importa você, cachorrinho. — ela retrucou desdenhosa e logo acrescentou — Mas eu definitivamente não estou disposta a morrer agora. 

Quando o dhampir não lhe deu resposta nenhuma, ela apenas continuou a observá-lo, tentando não prestar mais atenção no coração dele, aquilo só fazia sua fome aumentar mais. 

When Night Comes Onde histórias criam vida. Descubra agora