Capítulo 16

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Ao acordar, nessa manhã gelada, num loft do tipo industrial em Orodea, uma cidade pequena, porém próspera, na Romênia, Bucky respirou fundo e passou a mão pelos cabelos antes de abrir os olhos, ele bocejou e ao se sentar na cama, olhou para o lado e viu apenas o lençol amassado.

Bucky sentiu um pouco de frio, pois não estava usando absolutamente nada de roupas, e estava coberto com um edredom que não faz jus ao frio que está fazendo naquela manhã.

Bucky bocejou mais uma vez e em seguida olhou ao redor do loft, parecendo ainda estar se situando no mundo, da forma como muitos ficam depois de uma boa noite de sono.

O loft tem tijolinhos aparentes do tipo adobe, um piso de madeira rústica, um teto formado por laje e alguns rebaixos de metal vazado, que foram colocados sem propósito nenhum, a não ser para dar um ar ainda mais industrial ao ambiente.

Da cama que Bucky está dá para ver todos os ambientes do loft, pois a área da cama é integrada com uma pequena cozinha, uma mesa de escritório, 2 estantes de aço com diversas armas de pequeno e grosso calibre, um pequeno sofá de couro sintético nada apropriado para o clima frio do lugar, uma porta que dá acesso a um banheiro pequeno e uma única e enorme janela de vidro que apesar de estreita, vai quase que do piso até o teto.

Ainda sobre o que compõe o loft, na frente da janela tem uma mesa pequena com uma única cadeira de madeira e na janela em si, Bucky encontrou quem procurava.

Aquela loira estava usando apenas a camisa de botão dele e meias no pé, o cabelo bagunçado do jeito como ficou enquanto ela ainda dormia. A loira estava de pé, encostada no canto do janelão, com um dos pés sobre a baixa muretinha da janela, o que a fazia ficar com o joelho flexionado. A loira olhava fixamente pela janela e sua testa franzida indicava que ela estava com a mente a todo vapor e era muito cedo ainda para isso.

Apesar de querer saber o que se passa na cabeça dela, Bucky ficou mais interessado em apenas observá-la lá, parada, pensativa, séria... completamente concentrada em si mesma. Ela é linda. Por Deus, ela é muito linda e é linda quando está assim. Não, Bucky não pode negar que ela é linda e que sempre achou isso de Maggie, ele apenas sentia muito pesar de admitir isso por ela ser consideravelmente mais nova que ele e ele jamais verbalizou para Maggie o que achava dela, ele ainda vive em conflito por ter se deitado com a filha do melhor amigo já falecido, mas ele sente que ela sabe o que ele pensa e sente por ela pois por mais que ele tentava resistir a ela no passado e às vezes tenta resistir até hoje, ele não consegue se segurar por muito tempo.

Bucky começou a sorrir espontaneamente quando Maggie franziu mais a testa e fez negativo com a cabeça de leve e murmurou algo para si mesma deixando o pensamento dela extravasar para uma fala sozinha, ela ainda estava olhando pela janela, adiquiriu uma fixação por janelas e isso era adorável. Era adorável que ela nem perceba o quanto ele a está admirando agora. É o que ele acredita... que ela não percebeu.

Maggie percebeu que Bucky acordou e percebeu que ele estava olhando pra ela, mas isso não ia tirá-la de seus pensamentos agora, ela está pensando muito sobre a visita de Melina na casa dela e quanto mais ela pensa sobre isso, mais preocupada fica, pois não faz sentido uma viagem longa para provar um ponto, a menos que fosse necessário fazê-la acreditar que foi só um disfarce russo mesmo, mas também, por outro lado... o que poderia ser? Natasha está morta, então era só a Melina, mas por que? Por que se passar por ela? Por que aparecer na casa dela? Estaria a família em risco?? E o mais importante, por que Maggie não conseguiu compartilhar o que aconteceu com James e Maria Hill?

Bucky: Chá ou café?

Bucky perguntou em voz baixa, mas parecia ter gritado com Maggie, pois ela o olhou assustada, ela achou que o tempo de tê-lo percebido acordar e ter feito café e chá e ido até ela, passou rápido demais.

Sara & Maggie - As Filhas do Capitão AméricaOnde histórias criam vida. Descubra agora