Capítulo 35

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Natasha levou quase 3 dias para achar o veículo do homem, teve que fazer reparos no veículo para que ele voltasse a funcionar e então dirigiu por vários quilômetros até a primeira parada, aonde tinha o ponto de abastecimento, carregou com ela o estoque todo de gasolina que o homem tinha reservado, ciente que ter deixado ele para trás vivo, não quer dizer que ele vai viver por muito tempo porque Alexei vai atrás da equipe dele que foi morta, vai encontra-lo e mata-lo, ela espera que ele não seja de forma cruel, mas decidiu que ele não importava para ela ao ponto de ela sentir remorso ou vontade de reverter esse quadro, ela está em busca de sua verdadeira história, da sua liberdade e sua vida, então voltou a dirigir por quase mais 2 dias até finalmente chegar em local com uma certa povoação.

Natasha sabia que estava chamando atenção dos locais por estar coberta de sangue, eles estavam assustados, mas também preocupados quando ela desceu do carro e começou a andar, ela fingiu ter dificuldades de se locomover para gerar empatia e tranquilidade, porque sabia que iam associar que ela foi vítima de alguma coisa.

- Minha querida... o que houve com você??

Uma senhora da bastante idade foi a mais corajosa, Natasha pensou que seria ela mesma, parecia uma figura de autoridade e naquela idade o que mais ela poderia temer? Não seria ela, com a feição de alívio e de desprotegida que está fazendo para gerar mais empatia ainda, coisas que ela foi ensinada na sala vermelha, mas não aplicava porque essa versão de clone dela nunca experimentou uma vida fora do quartel de Alexei, mas ela sabe que outras versões dela foram usadas em missões e essas habilidades estão preservadas.

Natasha não sabe se as outras versões são tão curiosas como ela, que estuda a reação das pessoas às coisas que ela apenas leu em livros sobre o psicológico humano e como manipulá-lo a favor dela. Natasha jamais faria o que a senhorinha está fazendo por ela agora, nesse momento... tirar o próprio chale de proteção extra do frio e colocar sobre ela.

Assim que a senhorinha fez isso e Natasha demonstrou estar como um cachorro de rua sendo acolhido pela primeira vez, demais pessoas se aproximaram, lhe oferecendo casacos, água, telefones...

- Calma, gente... ela deve estar em choque...

Disse a senhora, que fez todos se calarem.

- Devemos leva-la ao médico do vilarejo.

Todos concordaram e Natasha ganhou uma carona no carro da neta de senhorinha, que estava acompanhada de um rapaz que podia ser marido ou namorado dela, os dois conversavam sobre se encontrariam o médico em casa e se ele estaria em condições de atender e Natasha entendeu o motivo, porque ao chegar na casa do médico, ele estava completamente bêbado, ficou horrorizado ao vê-la, entrou em casa cambaleando, tirou objetos de cima de uma mesa e apontou para a mesma.

- Coloquem ela ali...

- Acho melhor voltarmos depois, Dr.

- Ela vai morrer se esperarmos mais alguns segundos, isso é muito sangue!! Foi atacada por um urso??

Ele perguntou com uma voz lenta e embolada de pessoas embriagadas. Natasha aproveitou a deixa.

N: Eu fui. Esse sangue não é meu... ao menos a maioria...

Natasha foi até a estante de vidro da casa simplória, analisou os itens, pegou o que achou necessário para fazer pontos e foi até a mesa, aonde se sentou e depois abriu o macacão até a altura da barriga, fazendo o médico assistir e o namorado da menina desviar o olhar, pois era um corpo atraente.

- Eu vou higienizar as minhas mãos.

N: Isso não é necessário... eu mesma farei os pontos.

Sara & Maggie - As Filhas do Capitão AméricaOnde histórias criam vida. Descubra agora