Capítulo 38

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Thiago Duarte

O resto da tarde foi tranquilo, arrumamos o básico que precisávamos arrumar na casa, como as compras que tínhamos feito e limpamos os cômodos que iríamos utilizar, não estavam muito sujo, mas resolvemos limpar mesmo assim, depois cada um subiu com as suas coisas pros seus devidos quartos.

— Não, Lucas, aí você já tá de palhaçada com a cara de geral, mané - falei depois que o Lucas bateu pela quarta vez seguida no dominó.

— Ih, qual foi menor? não aceita perder pro pai aqui e fica aí assim - ele falou e deu um gole na cerveja.

— Lucas você tá mais é pra trapaceiro, pensa que não te vi colando gato aí? esses lerdos que tão jogando com você que já tá com a cachaça na mente e nem tão contando as pedras direito - o Gustavo falou enquanto abraçava a Duda por trás, que estava olhando a gente jogar.

Já era umas 20:00 horas da noite e o clima estava super agradável, tínhamos assado algumas carnes e estávamos comendo e bebendo a nossa velha cerva enquanto conversávamos e brincávamos.

— Não tô gostando do dominó mais não, o Lucas só ganha mesmo roubando e vocês ficam trapaceando e não dão espaço pra o resto das pessoas que querem jogar - a Mari falou e encostou no Lucas — Vamos brincar de algo que dê pra incluir todo mundo.

— Vamos brincar de mimica, please - a Gabi gritou — A gente pode se dividir em dois grupos e cada grupo fala uma coisa pra uma pessoa do outro grupo imitar pro grupo deles e quem adivinhar em menos tempo ganha.

— Só jogo se for apostado - a Clara gritou.

— Pronto, o grupo que perder vai arrumar a casa toda amanhã e ainda vai fazer o almoço, enquanto o grupo que ganhar fica só relaxando - falei — Bora dividir os grupos.

Dividimos os grupos e ficou no meu grupo: eu, a Clara, a Mari, a Gabi, o Lucas e o João. Já no outro grupo ficou: a Júlia, a Duda, o Guilherme, o Heitor e o Gustavo.

Já estávamos na quinta rodada da brincadeira e o outro grupo tava ganhando com um ponto de diferença.

— Quem vai fazer a mímica agora é a Ju - a Duda gritou e a Júlia veio até o nosso grupo pra gente falar oq ela iria fazer.

— Seguinte você vai imitar uma estrada, simples - a Clara disse

— Oxe amiga, como vou imitar isso?

— Não sei, só sei que você vai ter que imitar, sem fazer sinal sonoro, vai, se vira.

A Júlia ficou um tempão imitando e ninguém acertava, quando todo mundo desistiu a gente disse o que finalmente era e assim seguimos brincando até que cansamos e fomos sentar pra conversar.

— Gustavo meu amor, aceite que seu grupo perdeu e são vocês que vão arrumar a casa amanhã - a Clara disse com o ar de deboche

— Tá bom Clara, tá bom.

— Ficou putinho bebê? fica não que é pior - falei fazendo uma voz fina.

— Tô com fome, vamos assar mais carnes, pelo amor - a Duda falou.

— Vamos sim, ainda tem umas no sal grosso pra pegar gosto, só reacender a churrasqueira agora e fazer um arroz, não precisa de muito, só pra acompanhar a carne e a gente matar a fome mesmo - a Mari falou.

— Pode deixar que eu faço o arroz - falei.

— Vou fazer um suco pra quem não quiser tomar mais cerveja, o resto vai dando um jeito aí na churrasqueira e fazendo alguma coisa aí que sobrar - a Mari falou e foi entrando na cozinha.

— Mari, depois que você terminar de fazer o suco vai separando os pratos pra levar lá pra fora - falei enquanto pegava uma cebola e um alho.

— Pego sim, Thi - falou pegando as coisas pra fazer o suco — Tô te achando meio quietinho hoje, aconteceu algo?

— Não, fica de boa - balancei a cabeça negando.

— Thiago, eu te conheço e só tem nós dois aqui, fala logo o que aconteceu.

— Nada de mais Mariana, eu só tava pensando naquilo que você falou no natal sobre a gente ficar e depois daquilo a gente nunca mais tocou no assunto, não trocamos mais um beijo, ainda soube que você já pegou o irmão da Duda - falei e percebi que ela tava parada me olhando — Você falou aquilo da gente ficar como vingança do que aconteceu? - falei, mas depois me senti péssimo por saber que a Mari não faria nada por vingança.

— Nada a ver Thiago, você viajou legal aí com esse negócio de vingança - falou chateada — E quanto a gente ainda não ter ficado eu deixei bem claro que era quando tivéssemos vontade, e até agora eu não tive se você teve eu não posso fazer nada e sobre o Heitor você não tem nada a ver com isso, já tem tempo e eu também não preciso ficar aqui te dando satisfação né, me poupe - falou ainda emburrada — Era só o que me faltava fazer coisa por vingança e dar satisfação pra macho que não é meu - resmungou baixinho e eu preferi ficar quieto.

O resto do tempo que ficamos a sós na cozinha foi de completo silêncio, percebi que ela tinha ficado chateada com a parada lá da vingança, mas não ia pedir desculpas agora, ela ainda tava estressada e se eu falasse um "a" era capaz dela mandar eu tomar no cu.

— Pronto rebanho o arroz já tá pronto - levei a panela pra mesa do fundo.

— O suco também tá, aproveitei e fiz uma farofa - a Mari falou sentando no chão, depois de colocar as coisas na mesa — Vai alguém lá dentro buscar os pratos e os copos, já estão na mesa separados, eu só esqueci de trazer.

—Pode deixar que eu pego - o Lucas falou e saiu.

— As carnes ja estão boas aqui ó - O Gustavo tirou as carnes da churrasqueira e colocou na tábua de madeira em cima da mesa — E alguém vem fazer o favor de cortar.

Comemos, conversamos, bebemos, rimos, mas todo mundo começou a ficar meio grogue de sono e resolvemos ir dormir, aproveitei o momento que eu tava fechando a porta e as janelas da cozinha e aproveitei pra pedir desculpas a Mari, que tava lá pegando água pra tomar remédio.

— Mari - chamei e ela me olhou com indiferença.

— Fala.

—Desculpa por mais cedo, não quis te chamar de mal caráter vingativa e nem cobrar satisfação do que você faz ou deixa de fazer da sua vida - falei enquanto fechava a última janela — Sinto muito mesmo.

— Te desculpo, mas não faz mais isso, é muito chato, quando eu tiver vontade de te beijar você vai ser o primeiro a saber, relaxa - deu uma pescadinha e colocou o copo na pia — Boa noite, dorme bem - falou e saiu da cozinha acenando.

— Você também - falei e logo em seguida saí da cozinha apagando a luz.

Subi pro quarto que eu tava, tomei um banho rápido, só pra tirar o suor do corpo e me joguei na cama.

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Por  Acaso  (PAUSADA - por tempo indeterminado)Onde histórias criam vida. Descubra agora