Por Acaso (PAUSADA - por tempo indeterminado)

Capítulo 29

Gustavo Martins

Depois que eu e a Duda nos beijamos nós não tocamos mais nesse assunto e começamos a agir naturalmente.

Depois que a brincadeira acabou nós fomos pro sofá que tem perto da churrasqueira e ficamos em silêncio. A Duda deitou no meu colo e eu fiquei fazendo carinho na cabeça dela, até ela finalmente falar.

— Eu não entendi direito o que a Clara quer fazer, me explica – falou e se ajeitou em meu peito.

— Pelo que eu entendi, o desafio do beijo ela colocou justamente porquê sabia que o Thiago iria ficar pensativo em tudo que aconteceu relacionado a ele e a Mari – secei o carinho que tava fazendo em sua cabeça por um instante, mas logo voltei — Enfim, ela queria que ele se arrependesse das babaquices que fez e fosse falar com ela, por isso ela falou pra ninguém ir falar com ele, se não ele ia deixar os pensamentos pra lá e iria continuar foda-se pro assunto, e ela falou pra ninguém ir falar com a Mari quando ela voltasse do banheiro, porquê ai ela iria ficar sozinha e ele poderia tomar coragem pra ir falar com ela.

— Queria a inteligência da Clara.

— Minha irmã pô, sabe como é né?!

— Palhaço – riu e me bateu — Aqui fora tá fazendo frio.

— Tá nada, tá um ventinho mó bom, você que é fresca, mas vem cá que eu te esquento – puxei ela mais pra mim e a aconcheguei, ficamos abraçados um de frente pro outro e ela fechou os olhos enquanto eu continuava fazendo carinho em sua cabeça.

(...)

— Maria, acorda – balancei ela que tinha adormecido com o carinho que eu fazia — Vamo lá pra dentro, o pessoal já se dividiu entre o quarto de hóspedes e a sala.

— Me deixa dormir aqui.

— Vem logo, aqui tá sereno e você vai ficar resfriada – puxei ela pela mão, fazendo a mesma sentar — Vem, vou te levar pro seu quarto.

O Thiago, o Lucas, o João e a Júlia iriam dormir na sala, e a Mari, a Gabi, o Gui e a Clara iam dormir no quarto de hóspedes.

Subimos as escadas e eu coloquei a Duda na cama, já ia saindo pra fechar a porta, mas ela me puxou.

— Dorme aqui comigo.

— Vou dormir, só ia fechar a porta – fui fechar a porta e voltei pra cama, sentei na beira do lado que ela tava — Vai trocar de roupa, essa vai te deixar apertada.

— Tá bom – falou e levantou. Ela pegou a roupa de dormir no guarda roupa e foi pro banheiro.

Tirei meu boné e a minha camisa e deixei em cima da cadeira da penteadeira dela e foi o tempo dela voltar do banheiro.

Deitamos na cama e ela logo me abraçou e fechou os olhos novamente, abracei ela e dei um beijo em sua testa.

04:47 e eu ainda tava acordado, não tinha conseguido pregar o olho desde a hora que deitei, apesar de ter pouco menos de uma hora, o problema era: eu não conseguia parar de pensar no meu beijo com a Duda, e eu sei que a gente não tocou no assunto hoje, mas depois vamos ter que conversar sobre isso.

"Me encostei na parede e a puxei pela cintura, ela tava sem jeito e nervosa e era perceptível de longe, mas ela queria esse beijo tanto quanto eu. Nossas línguas brincavam em perfeita sincronia e a forma que o nosso beijo se encaixava era surreal.

Desci uma mão pra sua cintura a apertando, enquanto a outra estava em sua nuca guiando os movimentos do nosso beijo. Suas mãos alisava carinhosamente a minha nuca, paramos pela maldito falta de ar e voltamos para a rodinha."

Meu pensamento focava no beijo  pela milésima vez durante essa madrugada.

— Ta acordado ainda?

— Tô, não consegui dormir – sentei na cama na mesma hora que ela — E você por que acordou?

— Vontade de ir ao banheiro, inclusive deixa eu ir logo – levantou e foi diretamente pro banheiro.

Fiquei fitando o teto por alguns minutos que pareciam mais ser horas, quando a Duda entrou no quarto.

— Ih Gustavo, o que é que você tanto pensa assim hein? – perguntou e se cobriu enquanto deitava.

— Tava tentando não pensar nisso e muito menos tocar no assunto, mas tá difícil Maria.

— O que foi? Você tá falando do beijo não é? – se sentou na cama de frente pra mim

— É – suspirei.

— Era uma coisa que nenhum de nós dois estávamos esperando acontecer no momento, mas todo mundo já sabia que a gente queria aquilo, inclusive a gente – falou calmamente — A gente só errou tentando esconder nossos sentimentos, porquê vamos ser sinceros isso só fez mal a gente – riu — E foda-se se depois desse beijo vier outros ou vier o medo da amizade estragar por causa disso. Nossa amizade só vai acabar se a gente quiser – fez um coque em seu cabelo — A gente tem que lembrar que independente e antes de tudo e de todos os nossos sentimentos, nós somos melhores amigos e que tudo pode se resolver na base da conversa. Eu confio em você Gu, e não vai ser um, dois, três ou diversos beijos que vão fazer a nossa amizade acabar.

— Mas e agora? Como é que vai ficar?

— Vai ficar tudo normal, vamos continuar sendo as mesmas pessoas de sempre, com a mesma amizade de sempre, só muda que dessa vez nós não vamos esconder mais os nosso sentimentos. E se caso o destino queira que a gente seja mais que amigos nós vamos ser, se ele quiser que a gente permaneça só com a amizade, a gente permanece, e se nós tivermos que seguir diferentes rumos, nós vamos seguir. Tudo vai depender somente do destino e do que ele tem guardado pra nós.

— Por isso que eu te amo e que você é a melhor pessoa desse mundo – a puxei pra um abraço e dei um beijo em sua testa.

— Agora vamos dormir que eu tô morrendo de sono, qualquer coisa depois quando estivermos com nossas energias recarregadas nós voltaremos a falar sobre esse assunto – se deitou e eu deitei logo em seguida — Agora me abraça e vê se dorme.

*Avisos*

•Olá lindxs, o wattpad tá me gongando e as vezes eu não tô conseguindo responder os comentários de vocês 😭, mas sempre que eu consigo eu respondo.
•Tô cheia de trabalho da escola pra fazer, então vou ver se dá pra fazer uma maratoninha pra vocês no final da semana que vem.
•O próximo capítulo já tá pronto e é com a narração mais esperada de todos os tempos. Quem falou Thiago acertou!!! Vou estabelecer uma meta pequena pra vocês e quando bater a mesma eu posto o capítulo com a narração do Thi.

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