capítulo 31

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Laura

Estou sentada no sofá, conversando com Angela, tem alguns minutos que a conheci e posso ver que ela irá me dá trabalho, não como seu miserável irmão, falo em relação ao Giuliano, vi o quanto ela não tirou os olhos dele e não era qualquer olhar, era o olhar de cobiça, luxúria.

- então Angela como me conheceu, não lembro de ter te visto na festa que Giuliano proporcionou? - pergunto a ela

- então Laura as notícias na máfia são como fofocas em cidades pequenas, percorrem rapidamente, mas confesso que foi um pouco difícil de acreditar que você era a nova mulher de Giuliano.

- por que era difícil de acreditar? - Giovanna pergunta, ela assim como eu não parece ter gostado de Angela, a diferença é que eu estou sabendo disfarçar.

- não me entenda mal Laura, mas assim, como eu posso falar... seu corpo...

- Giuliano é Don da maior máfia italiana, sempre esteve rodeados das mulheres mais belas, então provavelmente você não acreditou que ele estivesse com uma mulher gorda. - falo a interrompendo, Angela me olha com um sorriso de deboche, certamente acha que a palavra gorda é ofensa, assim como a maioria das pessoas. - Acertei? - pergunto.

- é, isso. Mas por favor não me entenda mal, mas mulheres gordas não são vista com homens como Giuliano. - ela fala e juro que pude ver o veneno escorrendo em sua boca.

- pode ficar tranquila sobre isso Angela, afinal de contas se tem uma coisa que estou aprendendo muito bem nessa vida, é não importa com os pensamentos de pessoas que não tem nenhum valor em minha vida.

- e não tem o porque de pensar ou se preocupar sobre isso Laura, você é linda e Giuliano como não é nenhum idiota, percebeu isso logo que te viu. - Giovanna fala.

- mas Giovanna, você mais do que ninguém aqui sabe o quanto é importante ter uma boa aparência no nosso meio social, Laura você é linda de rosto, mas é gorda. - Angela fala, sorriu pra ela falsamente.

- Angela querida, ser gorda não é ofensa e não é sinal de mal aparência, mas claro eu entendo seu ponto de vista, eu sei como pessoas limitadas se comportar quando sai da sua bolha de convivência. - falo e o olhar de Angela diz que não gostou de minhas palavras.

- e Angela a boa aparência no nosso meio social é ser uma pessoa confiável, mas claro que você não sabe o que é isso, afinal é só ver o histórico da sua família. - Giovanna fala e vejo que ela está a ponto de expulsar Angela a tapas, minha vontade também é essa, mas infelizmente estou impossibilitada.

- por favor me perdoem, eu não falei nada pra ofender. - fala colocando as mãos no peito. Cobra finginda.

- não ofende, fique tranquila. Estou conhecendo você hoje Angela, você não tem valor, opinião e nem importação suficiente pra mim ofender. - falo e Giovanna sorrir, enquanto a cobra finginda fica vermelha de raiva.

- meninas a conversa pode estar boa, mas mio salvatore precisa descansar. - Giuliano chega falando e pega em minha mão. - precisa descansar meu amor, vou te levar para o quarto.

- Giuliano, eu queria te pedir pra nos reunirmos, se você estiver disponível esse final de semana. - Angela fala.

- Angela eu já te falei que não vejo nenhum motivo para termos nenhuma reunião.

- Giuliano vai ser bom para os negócios, estou falando agora como a chefe da máfia, você não irá se arrepender se me ouvir. - ela diz e percebo Giuliano olhar para Giovanni e Francesco.

- talvez seja uma boa ideia Giuliano. - Francesco fala.

- está certo. - Giuliano fala.

- mas não nesse final de semana, será outro dia. - falo e todos me olha.

- você decide Giuliano. - a cobra fala me olhando, uma raiva explode tomando conta de mim.

- agora ele não terá nenhuma reunião com você. - esbravejo.

- Laura. - Giuliano fala meu nome em tom de advertência. - é só uma reunião e pode ser no dia que você quiser. - ele fala me olhando.

- está certo, eu não sou ninguém pra dizer com quem o chefe da máfia pode se reunir.

- então o dia que você quiser Giuliano é só falar comigo. - a cobra fala sorrindo.

- Giovanna pode me ajudar a ir para o quarto. - peço não conseguindo ficar mais nenhum momento alí.

- claro. - Giovanna fala, mas Giuliano intervém e me segura.

- eu vou te levar. - ele sussurra em meu ouvido. - Francesco e Giovanni pode acompanhar Angela até a saída. - ele fala e me ajuda a ir para o quarto, meu desconforto com a situação é visível.

- obrigada, pode sai agora. - falo quando já estou na cama.

- não, não posso sair se você está com raiva de mim, Laura eu não queria ter nenhum tipo de contato com Angela ou qualquer pessoa daquela família, mas talvez seja necessário para a segurança, eu tenho que conseguir pegar quem está tentando me matar. Giovanni e Francesco me falaram que alguns armamentos foram roubados dentro do meu domínio, então agora eles não querem só a minha cabeça, eles querem a minha Máfia. - Giuliano fala e não sei o que dizer, tudo está acontecendo de maneira muito rápida.

Eu matei meu pai. Matar uma pessoa não é uma sensação boa, matar o seu próprio pai então é devastador, mais quando dei os três tiros na cara dele, um alívio percorreu meu corpo. Depois eu me joguei na frente de Giuliano para ele não ser atingido, não, eu não me arrependo em nenhum momento e se tudo acontecesse de novo eu faria a mesma coisa, fiquei mais de um mês em coma, ainda estou recuperando meus movimentos, mas o pior é que ainda estão tentando o matar. Agora essa tal de Angela, que o olha o desejando, eu sinto que ela irá fazer de tudo pra ter ele ao seu lado e não medirá esforços pra isso e ela já está conseguindo, então é tanta coisa que aconteceu e está acontecendo que estou esgotada, meu corpo está exausto, minha mente está cansada.

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