capítulo 18

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Giuliano

Acordei um pouco mais tarde do que estou acostumado, isso devido aos incidentes recentes. Saio da cama deixando Laura que ainda dormi, lembro de que estávamos fazendo a umas horas atrás e um sorriso involuntário surge em mim, Laura é apaixonante, ficou louco com as curvas de seu corpo.

Faço minha higiene e vou para sala onde sei que minha família me espera.

- filho, descansou bem? - minha mãe pergunta.

- sim mãe, muito bem. - falo lembrando dos momentos com Laura.

- tudo já está em ordem para festa de logo mais. - Giovanni fala empolgado.

- lembre-se o motivo da festa querido irmão, que é pegarmos um inimigo, não pra você foder qualquer vadia em nossa casa.
- Giovanna fala e Giovanni revira os olhos.

- crianças sem discussão, mandei preparar um lanche, como todos iriam acordar tarde e não teria café da manhã. Então vão lanchar meus bebês.

- mama não somos mais bebês. - Giovanna reclama do apelido.

- amore mio vá com Giovanna e Giovanni, eu tenho uma conversa pendente com Giuliano. - meu pai fala.

- então vamos para o escritório. - falo. - então qual conversa pendente o senhor tem pra falar comigo?

- Laura. - meu pai diz.

- o que tem Laura?

- o passado dela Giuliano, você não me deixa investigar, mas continua permitindo que ela viva em nossa casa com nossa família.

- eu confio em Laura.

Laura

Acordo e não sinto a presença de Giuliano, levanto faço minha higiene e vou a sua procura, desço as escadas da fortaleza que é essa casa. Vou caminhando até que ouço quando Giuseppe grita com Giuliano. Vou para perto da porta do escritório que eles estão.

- como pode confiar naquela mulher? Sabe que se ela estiver a mando de nossos inimigos você será culpado. - Giuseppe esbraveja com o filho.

- papà, Laura me ajudou ela não está aqui a mando de ninguém. Ela nem queria vir comigo eu que insisti.

- está apaixonado Giuliano, um homem apaixonado é um homem cego. E acredite eu estou falando isso porque sei, porque sou um cego apaixonado por sua mama.

Antes que Giuliano possa responder seu pai, entro no escritório. Os dois me olham.

- Laura?

- Giuliano se seu pai quer saber sobre mim, eu falarei. - falo e senhor Giuseppe parece satisfeito com minhas palavras.

- não precisa, eu confio em você. - Giuliano diz e segura minha mão e nesse momento eu tenho a confirmação. Eu estou completamente apaixonada por esse homem, não sei como ou o porque mas eu sinto eu estou apaixonada.

- eu quero falar Giuliano, não quero ser motivo de briga entre você e seu pai. Mas senhor Giuseppe, só falarei por causa de seu filho Giuliano, não quero ser motivo de preocupação pra ele. - falo olhando diretamente para o pai de Giuliano.

- não precisa. - Giuliano sussurra em meu ouvido, pego em sua mão e levo ele para sentar em uma cadeira ao meu lado e de frente para Giuseppe.

- meu nome é Laura Greco, aos vinte anos perdi minha mãe por uma doença que eu não fazia a mínima idéia que ela tinha, a partir desse momento minha vida mudou completamente. Lino Greco o homem que por um curto tempo se dedicou a fazer de minha vida um pequeno inferno, assim que minha mãe morreu ele não deixou seu corpo nem esfriar, não me deixou me despedir, não me deixou a da minha mãe um enterro digno. Lino Greco o meu pai, me trancou num quarto por um dia, dizendo as seguintes palavras: você terá o que merece, o que sua mãe não me deixou fazer. Estava sofrendo com o luto de ter perdido minha mãe, não estava raciocinado direito, então as palavras daquele homem não tinha nenhum sentido em minha cabeça, fui jogada num quarto vazio e alí fiquei, chorei, pedi a Deus que colocasse minha mãe a seu lado e que me desse força para continuar. Assim eu passei uma noite em claro num quarto vazio, assim como eu estava naquele momento, vazia. Ao amanhecer a porta do quarto foi aberta por meu pai. Ele me disse que eu teria que pegar minhas coisas que seu amigo viria me buscar, eu falei que não iria para lugar nenhum, mas ele disse que eu iria, pois agora eu tinha outro dono. Entendo o que ele quis dizer, me levantei e disse que não ia. - falo e sinto um aperto em meu peito por lembrar daqueles momento.

- não precisa continuar. - Giuliano fala, e aperto sua mão que em nenhum momento ele soltou.

- ao falar que não iria, Lino Greco me chicoteou com correntes, deixando marcas em minhas costas. Não aguentando de tanta dor desmaiei. Quando acordei ouvi vozes, uma de meu pai e outra de seu amigo, um velho asqueroso. Os dois falava do negócio que fizeram, meu pai estava cobrando o restante do dinheiro que o velho asqueroso ia deixar quando me levasse, mas o velho queria diminuir o valor, pois não poderia me usar naquele dia porque eu estava machucada. Ao ouvir aquelas palavras busquei forças e ao notar a distração dos dois homens discutindo o quanto eu valia, fugi. Fugi sem destino, aí lembrei de uma amiga de minha mãe que vivia perto de onde morava, fui até sua casa e encontrei Riccardo seu filho, pedi que ele me ajudasse e ele o fez, me ajudou a sair daquela cidade e encontrou a casa na montanha, pra mim era perfeito, longe de tudo e todos. Riccardo me ajudou com aulas de tiro e auto defesa, pois como iria ficar sozinha seria bom pra mim saber manusear armas. - término de conta minha história de vida. E estranhamente me sinto aliviada, é como se um peso fosse tirado de minhas costas, acho que tanto tempo querendo enterrar essa minha parte de meu passado isso me consumiu e me deixou cincos anos sem realmente viver uma vida. talvez era nescessário uma pessoa que me fizesse falar.

- está bem? Giuliano pergunta.

- estou, não se preocupe. - falo o tranquilizando. - bom, agora que sabe de meu passado não sei se é suficiente para o senhor entender que eu não estou aqui a mando de inimigo nenhum, até porque eu nem conheço seus inimigos, sou estou aqui por Giuliano. Mas se tudo que contei não foi suficiente para o senhor Giuseppe Bertolucci acreditar em mim, já tem informações suficientes para mandar investigar minha vida. - falo e olho para Giuliano que está com um sorriso no rosto e um olhar de admiração. Admiração? É isso mesmo?

- papà já tem sua resposta, agora já pode deixar as desconfianças com Laura pra trás. - Giuliano diz, levanta ainda com nossas mãos juntas e me leva para fora do escritório. - desculpa ele ter feito você falar sobre seu passado.

- não precisa pedir desculpas, foi bom pra, me deixou mais leve.

- posso matar seu pai e o velho asqueroso? - ele me pergunta sério.

- lembra que te falei que se um dia eu ver a pessoa que me fez mal no passado sou eu que iria matá-lo? Então, deixa comigo. - falo e pisco pra ele.

- se precisar de ajuda ou mudar de ideia me avise. - diz me abraçando.


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