capítulo 26

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Giuliano

O desespero toma conta de mim, Laura foi levada para a sala de cirurgia e não tenho nenhuma notícia dela. Cada maldito segundo que passa sem notícias é como se estivesse sendo sufocado, eu a amo, amo e fui um idiota por só ter falado isso pra ela quando ela estava em meus braços cheia de sangue e com os olhos fechados.

- Giuliano precisa ir pra casa tomar um banho.

- Giovanna só saio daqui com Laura, só saio com a minha mulher.

- você está com sangue por toda roupa, precisa tomar um banho, ninguém vai te deixar ficar aqui desse jeito e qualquer coisa eu te aviso sobre Laura.

- não posso deixar Laura, não posso perder ela Giovanna. - falo desesperado, sentindo um aperto no peito.

- não fale isso Giuliano, Laura é forte e irá resisti.

- filho cadê Giovanni, cadê meu menino. - minha mãe chega falando.

- mãe calma, Giovanni está bem e logo poderá receber visitas. - Giovanna fala acalmando nossa mãe, o tiro que Giovanni levou não foi grave e ele logo poderá ir pra casa.

- filho eu soube de tudo, Carlo é um infeliz. - meu pai diz fazendo me lembrar do desgraçado que colocou minha mulher e meu irmão em um hospital.

- infelizmente ele está morto, o matei com um tiro sem antes o tortura como ele merecia. - falo com ódio lembrando do desgraçado que tinham que sofrer muito antes de morrer.

- filho Laura ficará bem, vai pra casa tomar um banho.

- mãe não irei a lugar nenhum, o que importa agora é Laura e quando ela se recuperar eu está ao lado dela, de onde eu nunca deveria ter saído.

- Giuliano mandei Francesco trazer roupas pra você, pois sei que você não sairá daqui. - Giovanna fala.

Só saio daqui quando Laura sair, só vou embora desse lugar com minha mulher. Ela vai ficar bem, Laura tem que ficar bem, mio salvatore tem que ficar bem, não posso ficar sem ela, tenho que cuidar de Laura, tenho que pedi desculpas por não ter conseguido proteger ela, tenho que pedi perdão para minha mulher, eu quem deveria estar numa cama de hospital o tiro era pra mim e Laura me salvou, mas uma vez ela foi minha salvadora, mas uma vez ela cuidou de mim e eu fui um maldito infeliz não cuidando dela, deixe o imbecil do pai e Carlo maltratar minha mulher.

- como está Laura? - ouço uma voz e olho, é Riccardo que chega perguntando por minha mulher.

- está em cirurgia, você é o amigo de Laura? - Giovanna pergunta, vejo que ele está machucado.

- sim, Riccardo. - ele diz e estende a mão para minha irmã.

- Giovanna. - ela o cumprimenta.

- onde estava? Quando cheguei na casa você não estava, só Laura. - pergunto a ele.

- eles me renderam e me bateram até desmaiar e me colocaram na parte de trás da casa. Não tive como ajudar Laura e não sabe o quanto isso me dói. - ele fala e me parece verdade, mas não é culpa dele, a culpa é toda minha, Laura é minha mulher e tinha que ser eu a proteger não outro, fui um idiota cego por ciúmes e agora ela está no hospital em cirurgia por minha causa.

- familiares de Giovanni Bertolucci. - o médico fala.

- o que aconteceu com meu irmão? - pergunto rápido e meus pais vem ouvir o que o médico tem a falar.

- Giovanni está bem, por sorte o tiro não foi em um lugar perigoso e ele logo estará de alta e poderá ir pra casa, mas terá que tomar alguns cuidados. - o médico fala, trazendo alívio para minha família.

- quando posso vê-lo? - minha mãe pergunta.

- agora, mas duas pessoa por vez. - o médico fala e indica o caminho do quarto, meu pai e minha mãe vão juntos.

- qual é a condição de Laura? - Riccardo pergunta.

- Riccardo só sabemos que ela está cirurgia, que o caso é mais complicado do que de Giovanni, não nos deram maior informação e pediram que aguardemos. - minha irmã fala.

- Giuliano, aqui estão suas roupas. - Francesco chega me entregando uma bolsa.

- qualquer notícia de Laura me avisem imediatamente. - mando.

Vou ao banheiro do hospital como mandei reserva uma ala para só Giovanni e Laura serem tratados no mesmo local sem nenhum outro paciente. Tomo um banho rápido, tirando todo o sangue que estava em mim, o sangue da minha mulher, lembro da sua voz fraca dizendo que me ama, ela me ama eu a amo e agora estamos separados, ela levou o tiro que era pra mim, ela me protegeu quando eu deveria ter feito isso por ela. Choro pela primeira vez, me permito chorar, estou com medo, muito medo de perder Laura, a quero em meus braços novamente, quero mio salvatore em meus braços, quero beijar sua boca pequena, quero sentir seu cheiro, quero acordar agarrado sentindo seu corpo grudado no meu.

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