Capitulo 03

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Boa tarde gente, tudo nem com vcs!? Trago mais um cap dessa fic que vcs tão amando 🥰 desculpem o sumiço esses dias que tá corrido no meu serviço 😅 Boa leitura a todos e até o final ❤️

Capitulo 03

Engolindo o café sem saborear, Hinata continuou escrevendo. As idéias agora
fluíam aos borbotões. E sentia-se pressionada, com menos de uma semana para colocar tudo em ordem... comida, bebida, música, decoração, vestido... Vestido!
Saltando de pé, Hinata gritou de pânico. Como esqueceu uma noite tão
importante para a própria carreira quanto o Grande Júri?

Naruto. A culpa era toda dele.

Esfrie a cabeça, Hinata.

Esforçou-se para apagar as imagens do orientador fazendo toda sorte de
perícias no seu corpo ansioso e irresponsável.
E fracassou.
O que acontecia com freqüência, ultimamente.
Contudo, poderia preocupar-se com o Efeito Naruto mais tarde. O Grande
Júri era tão importante para o futuro dela, que mal conseguia acreditar que
esqueceu. Ela não esquecia nada, nunca. Até conhecer Naruto.
O Grande Júri era um rito de passagem para os estagiários de Direito e,
como tal, devia ser mais importante que tudo. E ela não tinha nada para vestir. Se houvesse espaço no cubículo atravancado, andaria em círculos. Era terrível demais para imaginar. Todos os advogados veteranos compareceriam, inclusive Naruto. Não restava escapatória.
Será que ele sabia e preferiu deixá-la esquecer?
O semblante irônico de Naruto surgiu na mente dela. Claro que sim.
Portanto, devia pagar-lhe na mesma moeda. A festa teria que esperar até
amanhã. Se fracassasse no Grande Júri, não iria à festa nenhuma mesmo,
ponderou Hinata, fazendo uma careta.
Hinata tentou permanecer calma. O Grande Júri não era nenhum piquenique — a menos que se levasse em conta as bisnagas de pão atiradas em quem dava vexame. A cerimônia anual acontecia no salão oval de uma antiga escola de Direito. Quando alguém fracassava no teste, virava motivo de piada e se fosse bem-sucedido, não devia esperar elogios. Seguindo a tradição
centenária, os advogados veteranos massacravam os novatos com perguntas.
Não havia regras, nem piedade. E, no ano passado, a filha de um juiz vomitou
na própria bolsa. Hinata preferiu concentrar-se nas coisas boas.
Que era uma só.
Seu segundo nome era Viola, como a heroína de Noites de rei, de
Shakespeare. A peça foi encenada pela primeira vez em 1602 no mesmíssimo
salão onde acontecia o Grande Júri. Quer melhor presságio que esse? Tudo
acabaria bem.
Tomara.
Bastava apenas levantar e dizer o nome, seguido pela data da convocação e a escola que a admitiu no foro. Depois, só precisava declarar o desejo de juntar-se ao circo...
Circuito, Hinata corrigiu-se, deprimida.
Um lapso desses poderia custar-lhe a carreira. Se tropeçasse nas palavras,
a tradição exigia que recomeçasse o discurso, quando a diversão dos
veteranos principiava. A tarefa deles era levá-la ao desespero e, por fim,
destruí-la.
Calma, Hinata se recompôs, respirando fundo. Tudo sairia como planejado,
mas ela não podia deixar pedra sobre pedra, o que a levou de volta ao problema da roupa para a ocasião.
Felizmente, ela possuía uma arma secreta...
Sakura Haruni, a estagiária mais experiente do fórum, era três anos mais
velha do que Hinata. Sakura era uma reconhecida especialista em moda,
graças a uma temporada numa escola suíça de etiqueta. Dizem que Sakura
foi obrigada a repetir o primeiro semestre várias vezes porque... Bem,
ninguém sabia direito e Sakura não contava. Mas, ultimamente, o
supervisor encarregado de aperfeiçoar a experiência dela, um tal juiz Sasuke Uchiha, nunca visitava o escritório de Sakura desacompanhado.

Sakura a modista, quando não a modesta, pensou Hinata ao bater na porta.
Hinata não precisou esperar muito pelo veredicto de Sakura.

— Preto? Você enlouqueceu?
— Preto é seguro — protestou Hinata. — Preto no Judiciário é praticamente
um conceito. Devia até ser uma cor da aquarela. Já posso até ver: preto,
com salpicos de poeira e um toque de verde mofo... Não me olhe assim, Sakura. Sabe tão bem quanto eu que preto serve para qualquer ocasião.
— Exceto um casamento. Para você... tem que ser laranja.
— Laranja? — Hinata arregalou os olhos ao imaginar a combinação com os
cabelos azuis. — Tem certeza?
—Absoluta... Laranja será perfeito para a sua pele.

Direito de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora