14. É assim que acaba

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Chuck havia acabado de destruir mais um dos universos que construiu, quando ele sentiu algo estranho. Como se alguma coisa fantástica e ao mesmo tempo indesejada estivesse acontecendo. Ele só sentiu isso uma vez antes, e foi quando o nefilim, aquela abominação foi concebida. E ele continuou sentindo a presença dele durante o tempo em que o garoto esteve vivo. Não era uma sensação agradável. Saber que aquele garoto estava vivo e crescendo lhe dava um comichão na pele, mas era algo com o qual ele pôde lidar por um tempo.

Até que o garoto ficou forte demais e se tornou um problema. Não só para a humanidade, mas para o próprio Chuck. Aquela abominação estava quase tão forte quanto ele, o que se tornou algo preocupante. O que aquele garoto poderia fazer se soubesse a dimensão dos seus poderes, Chuck nem queria imaginar. E então ele teve que intervir. Precisou abdicar de suas férias por um tempo para poder se livrar do inconveniente, porque era isso que aquele garoto era.

E Chuck se arrependeu tanto de não tê-lo matado assim que ele nasceu. Mas ele achou que seria divertido ver até onde as coisas iriam, já que o nascimento do nefilim não estava nos seus planos, não foi algo que ele escreveu. Mas quando aconteceu e ele viu que o menino acabou sob a tutela dos Winchesters, ele ficou curioso. Só não imaginava que as coisas fossem acontecer do jeito que aconteceram. Não imaginava que Sam e Dean se apegariam ao menino daquela forma e muito menos imaginou que o garoto seria cheio de boas intenções. Isso atrapalhou tudo.

Mas ainda assim, ele conseguiu ver uma luz no fim do túnel quando resolveu escrever a perda da alma do garoto e a morte de Mary Winchester. Ele conseguiu vislumbrar o final épico que tanto procurava. O pai matando o filho. Dean matando Jack. Mas para seu desgosto foi surpreendido novamente. O final épico teve que ficar para depois.

Já estava escrito, ele só ainda não tinha colocado em prática.

A sensação voltou mais forte que antes e o deixou confuso. O que estava acontecendo? De onde vinha aquela energia que ele sentia agora? O garoto estava morto, não tinha como ser ele... A não ser que...

Não. Os Winchester não poderiam tê-lo ressuscitado. Não era possível. Eles não conseguiriam fazer algo assim, sem ele saber, sem ele sentir... Mas a sensação era a mesma. Era exatamente igual.

Só tinha um jeito de saber. Ele iria onde aquela fonte de poder estava.

oooooooooooooo

_ Alguma coisa, Cas?_ Dean perguntou, enquanto procurava um feitiço de rastreamento num dos livros de Rowena. Sam ao lado dele, fazia a mesma coisa com outro livro.

_ Nada. O celular dele está desligado_ Cas respondeu, olhando na tela do notebook para o programa que sempre usavam para rastrear o celular um do outro.

Ele voltou a si há cerca de uma hora e a primeira coisa que fez, foi acordar Sam e Dean e explicar que Jack havia fugido para encontrar Billie, e possivelmente enfrentar Chuck. Desde então, os três trabalhavam ávidamente na biblioteca do Bunker, na tentativa de encontrar o garoto antes que fosse tarde demais.

_ Gente, isso é inútil_ Dean grunhiu fechando com agressividade o livro que estava lendo_ Se Jack não quiser ser encontrado, ele não vai ser encontrado.

_ Talvez não seja tão inútil. Olha aqui_ Sam falou apontando para uma página do livro que lia, onde havia um feitiço poderoso para rastrear um anjo_ Esse é um feitiço de rastreamento para anjos, Jack é meio arcanjo, talvez sirva.

_ Quais são os ingredientes?_ Cas perguntou esperançoso.

Por sorte, eles tinham tudo o que precisavam. Algumas ervas, velas douradas, conchas e algum pertence do anjo a ser rastreado e isso não foi um problema. Eles usaram uma das camisas de Jack. Fizeram o feitiço, que consistia em queimar todos os ingredientes com as chamas das velas douradas e no final de meia hora, uma fumaça roxa subiu pelo ar da biblioteca, formando o nome "Sunset".

Bem-Vindos ao FimOnde histórias criam vida. Descubra agora