15. Com amor, Jack

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Jack estava dormindo.

Duas semanas se passaram desde sua luta contra Chuck e ele estava dormindo.

Depois que tudo acabou, Billie explicou a Sam, Dean e Castiel já no Bunker, que enquanto Jack corria contra o tempo para realizar seus últimos desejos, ela corria contra o tempo para encontrar uma maneira de mantê-lo vivo. Foi assim, que chegou até Amara.

Foi difícil, pois Amara não queria se envolver, mas Billie a convenceu a ajudar. Assim, Amara canalizou um pouco de sua força vital para as graças dos arcanjos que Jack teve que consumir. O garoto não sabia, mas quando consumiu as graças dos arcanjos mortos, estava também tendo uma chance de sobreviver. Elas não tinham certeza de que funcionaria, mas tentaram. Amara fez o que pôde, mas sendo Jack um ser tão poderoso quanto ela e Chuck, ela não tinha certeza de que doar apenas um pouco de sua força vital seria o suficiente para ajudá-lo. Mas foi. Ele acabou com toda a sua força vital na batalha final contra Chuck, como já sabiam que aconteceria, mas usou um pouco da força vital de Amara par se manter vivo, sem saber.

Ele estava vivo. Inconsciente, mas vivo.

Billie explicou a eles que talvez demorasse muito tempo até que ele acordasse. Seu corpo precisava se recuperar do que tinha acontecido e sendo ele um ser poderoso, poderia levar anos. E ainda assim, ela não sabia se quando ele acordasse ainda teria seus poderes ou se levaria uma vida humana.

Mas para Sam, Dean e Castiel isso não importava. A única coisa que eles queriam, era que ele acordasse, que continuasse vivo e saudável. Já seria o suficiente.

Mas duas semanas tinham se passado e nada tinha mudado. Nem Billie nem Amara poderiam acordá-lo, pois o corpo dele não estava forte o bastante e fazer isso em seu atual estado, seria o mesmo que matá-lo. Ele precisava se recuperar sozinho.

Então as duas disseram para eles esperarem e foi o que eles fizeram.

oooooooooooooo

Quando tinham três semanas que Jack estava naquela espécie de coma, Dean foi surpreendido por Amara o observando fora da loja de conveniência em Lebanon, onde ele havia ido comprar cerveja e torta. Ele se assustou a princípio, mas assim que pagou tudo, encontrou com ela do lado de fora.

_ Da última vez que você apareceu, Jack ficou em coma. Devo esperar um dilúvio agora?

Ela deu um pequeno sorriso.

_ Não, nada tão extremo. Podemos conversar um pouco?

Dean se mexeu desconfortável. Há alguns anos, ele desenvolveu uma estranha conexão com ela. Ele sempre teve medo de continuar se sentindo daquela forma, mas agora que estavam sozinhos, sem a presença de Sam, Cas e até mesmo Billie, ele pôde sentir que as coisas mudaram.

É claro que ela ainda o intimidava, mas nem de perto causava nele a confusão de antes. Ainda assim, Dean não gostava de estar sozinho com ela.

_ Eu não mordo, Dean. Só quero conversar_ ela insistiu.

Dean então a conduziu para a lanchonete mais próxima e quando os dois se acomodaram e ambos tinham uma xícara de café nas mãos, ela ficou o encarando com aqueles grandes olhos curiosos.

_ O que você quer?_ ele perguntou.

_ Você deveria ser mais grato. Se não fosse por mim, seu garoto estaria morto agora.

Dean engoliu em seco, aquilo era verdade. A menção de Jack, lhe trouxe uma dúvida.

_ Por que você o ajudou? Não me diga que foi pela bondade do seu coração.

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