i love you, bill

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Annie.

Acordei com um pouco de dor de cabeça e sentei-me na cama, Bill dormia serenamente com o peito despido, coberto apenas pela metade pelo lençol. Sentei-me na cama e fiquei admirando seu rosto enquanto ele respirava calmamente.

Eu estava sem sono, levantei e vesti meu robe vermelho por cima da camisola, calcei a sandália e me preparei para sair do quarto, dei uma última olhada e o sueco havia se mexido.

Saí da casa de Henry e fui até o jardim, a brisa da madrugada caía sobre minha pele me causando arrepios, mas era uma sensação boa, o ar puro que preenchia meus pulmões parecia regenerar a minha alma. A escuridão ainda tomava o céu, porém a propriedade era iluminada, olhei a minha volta e tudo o que eu via era uma imensidão verde. Respirei fundo enquanto procurava um lugar para me acomodar e refletir sobre o que estava acontecendo na minha vida.

Eu estava dividida, nem nos meus pensamentos mais insanos eu estaria em uma situação como essa. Eu estava enganando duas pessoas completamente inocentes, e estava enganando a mim mesma.

A minha relação com Connor era previsível, ele era previsível, as coisas aconteciam calmamente e sem nenhuma complicação, tudo organizado na sua devida ordem. Bill era totalmente o oposto, quando eu pensava nele, a minha mente virava de ponta a cabeça, eu nunca sabia o que iria acontecer entre nós, ele era cheio de enigmas e aquilo me fazia cada vez mais querer tê-lo por perto, mesmo que fosse da maneira que estamos.

O meu sueco fazia meu sangue borbulhar dentro das veias com um simples olhar, ele era capaz de dominar meu corpo apenas com um toque e ao mesmo tempo que ele era imprevisível, ele sempre sabia o que dizer ou o que fazer na hora certa, e justamente por isso eu confiava tanto nele, ele me fazia tão bem. Quando eu me sentia sozinha, era para os braços de Bill que eu corria, eu me sentia segura com sua companhia. Ele sempre foi a pessoa que eu sempre confiei, ele sempre soube quem eu era de verdade e de maneira alguma foi capaz de me julgar.

Inclinei a cabeça e fitei o crepúsculo, suplicando por uma resposta, o choro estava preso em minha garganta. Eu estava perdida. Fechei os olhos numa tentativa falha de esquecer tudo o que eu havia feito.

Mesmo que eu soubesse que estava sozinha no jardim, senti a presença de alguém e abri os olhos lentamente, desejando que fosse apenas uma sensação.

– Annie? O que você está fazendo aqui? Está bem? – ele perguntou afobado e visivelmente preocupado, vindo em minha direção.

Levantei rapidamente e corri para abraça-lo, afundando meu rosto em seu pescoço, eu já não conseguia mais segurar as lágrimas.

– Eu amo você, Bill. – pela primeira vez, eu deixei que ele tivesse conhecimento dos meus sentimentos por ele.

Bill correspondeu o abraço com um misto de confusão e preocupação, até se desvencilhar do meu corpo e me fitar com aqueles olhos verdes intensos, cheios de dúvida. Mas não ele podia negar que havia gostado do que ouviu.

– Annie, você está bem? – ele ignorou completamente o que eu disse e tirou uma mecha de cabelo que voava sobre o meu rosto, o vento estava intenso. – Acordei e você não estava na cama.

Bufei levemente irritada e revirei os olhos, com aquela pergunta idiota que ele fez.

– Bill Istvan Günther Skarsgård, eu acabei de dizer que te amo, e você está preocupado se eu estava na cama ou não? – esbravejei subitamente irritada e ele fraziu a testa, percebendo a minha reação.

Ele endireitou os ombros, parecendo entender a situação e se aproximou mais um pouco.

– Não, Annie. Não estou fazendo pouco caso do que você disse. É que eu me preocupo com você. – Bill colocou a sua mão enorme na minha bocheca, afagando fraternalmente. – Sou apaixonado por você desde a primeira vez que te vi.

Roses || bill skarsgård Onde histórias criam vida. Descubra agora