Chay
A semana inteira passou e Macau não me mandou nenhuma mensagem. Na escola também não o encontrei e nem o vi com os outros alunos do programa internacional. Sem saber o que fazer, apenas fiquei esperando chegar sábado afim de assegurar que tudo estava bem. Esperei que ele me mandasse alguma mensagem, porém já eram quatro da tarde e nada dele dar sinal de vida. Um milhão de pensamentos passavam em minha mente sobre o quê deveria ter acontecido para ele me ignorar e tudo que me ocorria só me deixava mais angustiado.
A noite chegou e passou tão arrastado quanto o domingo que o seguiu, até que após uma eternidade chegou novamente a segunda-feira.
— Ei, ei, mocinho onde você vai a essa hora? — P'Khun pergunta assim que eu boto o pé fora de casa. Ele estava chegando e eu saindo.
— Para a escola Pi.
— A essa hora? Você virou o porteiro? São seis horas da manhã garoto.
— Ah, eu fiquei de encontrar meus amigos mais cedo e estudarmos antes de uma prova que faremos. — Minto.
P'Khun me olha de olhos semi cerrados. Acho que não o convenci totalmente.
— Tudo bem, vou deixar você ir já que não parece que você vá se meter em encrenca. Juízo hein. — Ele se aproxima e aperta minhas bochechas antes de entrar seguido por seus guarda-costas.
Eu entro no carro com um dos motoristas que P'Porsche designou pra mim e peço que ele vá rápido. Minha idéia é chegar cedo e ficar esperando próximo a entrada do prédio do programa internacional. Não vou chamá-lo, só quero confirmar que tudo está bem com Macau, prefiro que ele tenha me ignorado porque não quer falar comigo do que algo ruim tenha acontecido a ele. Todos esses dias sem saber o que houve me fizeram criar cenários horríveis na mente, como se ele estivesse sendo machucado. Foi tão ruim que na madrugada de Domingo eu acordei chorando.
Assim que o carro encosta, agradeço ao Pi que me trouxe e saio correndo direto pro prédio dos filhos abastados desse colégio. Sento perto da mureta próximo a escada com o coração acelerado pela corrida. Aos poucos começam a chegar os carros e crianças ricas saem deles, incrivelmente todos parecem muito distantes de mim já que nem notam minha presença.
As sete horas em ponto, o mesmo carro luxuoso que eu tinha visto apanhar o Macau dá última vez, estaciona na entrada. Eu me escondo um pouco mais atrás da mureta e depois de alguns minutos Macau sai do carro. Ele parece muito sério quando junta as mãos fazendo um *Wai, provavelmente seu pai estava dentro do carro. O automóvel parte e ele se vira para entrar mas quando está na escada, fica parado por um momento. De repente ele começa a correr em direção ao prédio onde estudo, eu saio correndo atrás dele. Quando ele chega na entrada, pega o elevador que faz uma parada no terceiro andar onde fica minha sala, percebo que ele está indo até mim.
Aperto o botão para que o elevador desça mas como demora muito resolvo subir correndo pelas escadas. Minhas pernas estão queimando quando finalmente chego ao terceiro andar. Suor escorre pelas minhas têmporas e minha respiração ofegante me faz sentir como se estivesse em uma maratona.
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Sweet Sunset
FanficPor que um coração partido dói tanto quando se é adolescente? Porchay não sabe responder, assim como não sabe se é certo sentir seu coração machucado bater um pouco mais forte quando ele se depara com aquele moreno sorridente. Com um tempo Porchay v...