Capítulo Dois: Encontros inesperados

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- Wilbert, volta aqui agora! - Grito para o porco, que corria como se sua vida dependesse disso

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- Wilbert, volta aqui agora! - Grito para o porco, que corria como se sua vida dependesse disso. O que de certa forma dependia, porque assim que colocasse minhas mãos naquele fucinho rosado, seus dias de porco estariam contados.

Já estavamos a uns quinze minutos correndo ao redor do celeiro, e nada de eu alcançá-lo. Meu peito subia e descia aceleradamente, meu coração batia rápido, e minhas pernas cambaleantes pediam arrego.

Paro de correr atrás dele e desabo no chão, já no meu limite.

- Ta...bom...Wilbert...você...venceu... - Digo com certa dificuldade, devido ao cansaço. Olho para o animal, percebendo que nem ao menos está ofegante.

" Como pode um simples porco correr tanto sem nem fadigar. "

Após um curto período de tempo sentado por entre as várias palhas espalhadas ao chão, recupero o fôlego.

Me ponho de pé, com as pernas um pouco trêmulas. Viro meu olhar em direção a ele, que se encontrava numa considerável distância.

- Muito bem. - Uma expressão de raiva surge em minha face. - Se é guerra o que você quer. - Me posiciono para correr novamente. - É guerra o que você vai ter!

Volto a perseguir Wilbert, que consequentimente voltou a correr.

Passamos pelo chiqueiro, e logo em seguida o sigo em direção à casa, onde demos duas voltas inteira ao seu redor. O meu corpo já demonstrava sinais de que o cansaço estava a minha espreita. Porém, permanecia firme e focado no objetivo. Não estava nem perto de desistir, me aproximava cada vez mais daquela bola rosada.

Quando estava quase conseguindo alcançá-lo, quando já quase podia sentí-lo em minhas mãos, o universo me sabota, fazendo meus pés escorregarem.

- Aaai!- Exclamo ao sentir dor pela queda.

O tombo foi feio.

- Bolhufas! Mas o que... - Quando olho para ver o que tinha me feito cair, me deparo com uma poça de lama. Provavelmente feita pela chuva que nos visitou ontem a noite. Mas como eu não vi uma poça desse tamanho? Acho que estava tão focado em pegar o...

Paro por um segundo, me lembrando de quem eu estava perseguindo a poucos instantes.

Ergo minha cabeça e começo a procurar por todos os lado o Wilbert.

" Ele não deve ter ido muito longe. "

Penso, esperançoso.

Logo, eu o vejo. Ele continuava a correr, acho que não me viu caindo.

- Aí está você! - Abro um sorriso no rosto.

Contudo, logo esse sorriso desaparece quando observo para onde ele estava indo.

Wilbert corria em direção à floresta.

Me levanto e imediatamente começo a correr em sua direção.

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