Capítulo três: Ferimentos

71 15 2
                                    

- Com calma, Maria! Ele está bastante ferido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Com calma, Maria! Ele está bastante ferido. - Digo para o animal, que trazia em suas costas o homem misterioso que encontrei na floresta.

No início fiquei completamente sem saber o que fazer em relação a ele. Fiquei receoso sobre ajudá-lo, estava com medo e ainda estou. Afinal, há sangue cobrindo todo seu corpo.

Mas independente de quem ele fosse, eu não poderia deixar uma pessoa nesse estado caida no chão, não quando posso fazer algo respeito.

Que tipo de futuro curandeiro eu seria se não o fizesse?

O homem era bastante grande e muitas vezes mais alto que eu. Tentei carregá-lo por conta própria, porém não consegui. Estava exausto por causa da "caça ao porco", e mesmo que não estivesse, não teria êxito nenhum em transportar aquela montanha de carne, não sozinho. Então, voltei às pressas para casa, amarrei o Wilbert no chiqueiro pra ele não voltar a fugir e corri em direção ao celeiro para pegar um dos cavalos. Peguei o primeiro que avistei e voltei o mais rápido que pude para floresta.

Tendo um pouco de dificuldade, o coloquei em cima de Maria, com todo cuidado e cautela possível para não piorar ainda mais o seu estado.

Agora, já estávamos a poucos metros de chegar em casa.

De repente, para meu espanto, começo a ouvir galopadas de cavalo.

Olho ao redor, tentando localizar de onde vinha o som. Percebendo ao longe, que uma pessoa se aproximava da casa.

E quando menos esperava, avisto ela descer do animal e caminhar até a porta. Parando assim que chega em sua frente.

Aperto um pouco os olhos, notando pela sua longa saia, que se tratava de uma mulher.

A ouço bater palmas.

" Bolhufas, justo agora? "

- Não posso deixar que ela o veja. - Olho para o homem na égua. Sem saber o que fazer.

Rapidamente, procuro ao redor um lugar onde pudesse escondê-lo. Mas para minha decepção, não acho nada.

- E agora? ‐ Digo, desesperado.

Porém, algo me vem a mente.

- Espera, porque estou tentando escondê-lo? Não fiz nada de errado. Na verdade, estou fazendo uma boa ação. - Solto, com plena convicção.

Ouço mais bater de palmas.

Se me perguntasse sobre ele, era só falar a verdade. Que tinha o achado na floresta e estava tentando ajudá-lo.

" O que de ruim poderia acontecer ao se dizer a verdade? "

- Ola! ‐ Grito para a mulher, que se vira assim que ouve minha voz. - Estou aqui! - Levanto minha mão, acenando.

- Ola! - Grita de volta. - Poderia me ajudar?

Começo a caminhar em sua direção. Ação que levou alguns segundos.

O Retornar Das Sombras Onde histórias criam vida. Descubra agora