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         A morte sempre foi uma entidade muito presente na vida de Jack e, mesmo sem entendê-la, ele sempre a sentiu por perto. Espreitando, tramando, se regozijando em sua dor. Ela era um de seus temores mais profundos, pois fazia-o sentir, desde a noite de seu nascimento, que tudo o que ele fazia resultava na morte de alguém.

         Sua primeira noite na terra foi conturbada e marcada pela morte de sua mãe. Ele se lembrava muito bem de abrir os olhos pela primeira vez e encarar seu rosto delicado. Ela sorria, segurava-o firmemente em seus braços e dizia que o amava, que amava cada partezinha dele e que ele seria uma boa pessoa quando crescesse. E então, ele foi levado de seus braços quentes, limpo e posto em um berço frio. Jack se lembrava de ter chorado, batendo suas mãozinhas de bebê no ar e desejando voltar para o calor maternal dos braços de sua mãe. Mesmo sem entender, seus olhos de bebê pararam na colorida árvore pintada no quarto e, dentro de maçãs, estavam as letrinhas de seu nome. J-A-C-K.

         Ele não sabia ler, obviamente. Mas se lembrava do carinho da mãe através da barriga e da sua voz melodiosa cantarolando canções de ninar, chamando-o de Jack. Ainda olhando a pintura, Jack parou de chorar e balançou suas mãozinhas na frente do rosto novamente como se tentasse agarrar uma das maçãs. Com isso, ele se lembrou de algo que sua mãe costumava a falar. Ela dizia que o mundo era um lugar perigoso, cruel e traiçoeiro para todos, mas principalmente para um bebê ou uma criança. Que havia sim pessoas solidárias e gentis e beleza nas pequenas coisas, mas que havia muitas pessoas mesquinhas e desprezíveis que te machucariam mesmo sem você ter feito nada para elas. E foi pensado nisso que ele decidiu que não queria ser um bebê ou uma criança. Jack olhou para suas mãozinhas e espertamente decidiu que queria crescer, pois assim o mundo não seria perigoso e cruel com ele.

         Depois daquela noite, ele presenciou a morte de vários conhecidos e desconhecidos ao longo dos anos -algumas causadas pelo próprio Jack- até o momento em que ele mesmo morreu (duas vezes!). Ao longo de todas essas mortes, ele sentia cada vez mais medo dela, mas, ainda sim, nunca pensou na morte como uma entidade encarnada, pelo menos não até conhecer Billie.

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