Bocejei e me virei na cama, abrindo meus olhos, a visão de uma grande bola de pelos me cumprimentou. Sua pelagem era totalmente branca e ela tinha belíssimos olhos azuis. Estiquei minha mão e a acariciei, a gata se inclinou contra meu toque, ronronando em resposta.
- Você é tão linda...
Sorri para ela, mas uma voz grave me fez ficar alerta.
- Ela não é assim com todo mundo, normalmente ela arranha a Greta quando ela vem aqui.
Me virei e vi Arthur, ele estava sem camiseta e com apenas uma calça de moletom. Sua pele era pálida e pude ver em um de seus braços uma data.
20/04/2004.
Ele tinha uma tatuagem com aquela data, mas o que significava?
Me perdi por um momento em seu corpo, admirando o abdômen que parecia ter sido esculpido por algum tipo de Deus.
- Quer uma foto? Assim dura mais.
Arthur me perguntou e eu percebi que estava o encarando põe algum tempo. Era oficial, eu estava ficando louca.
- Você é muito convencido.
Respondi simplesmente e me levantei da cama sentindo um cheiro delicioso de alguma coisa vindo do forno.
- Hum, o que é isso?
Perguntei, percebendo outra tatuagem no outro braço de Arthur.
07/09/2020.
Outra data, mais uma que eu não sabia o que significava.
- Lasanha de quatro queijos, você quer?
Eu amava lasanha, era uma das poucas coisas que me lembravam de casa, da Itália.
- Você fez? Não acredito! Eu amo isso.
Arthur parecia orgulhoso e sorridente com seu feito e puxou a cadeira de sua mesa para que eu me sentasse.
- Primeiro as damas.
Revirei os olhos, mas me sentei.
- Se é assim então você deveria se sentar primeiro.
Arthur tirou a travessa de lasanha fumegante do forno, posicionando-a em minha frente na mesa. Ele pegou pratos e talheres e os colocou para que pudéssemos comer, se sentando em minha frente em seguida.
- Bom apetite.
Não esperei mais, retirei um grande pedaço da lasanha e coloquei em meu prato, não demorando a tirar uma garfada e colocar na boca.
- Cazzo! Isso está uma delícia.
Exclamei. Eu realmente amava essa comida.
- Fico feliz que tenha gostado.
Arthur respondeu simplesmente e após isso comemos nossa refeição em silêncio.
- Então, você e a Greta...
Ele não parecia querer falar sobre isso, mas mesmo assim permitiu que eu continuasse.
- O que tem eu e ela?
- Ela parece gostar de você...
Comentei enquanto tomava um gole do meu suco de laranja.
- Eu não entendo o porquê.
Sorri incrédula. Ele a carregava com ele para absolutamente todo lugar que estava e queria que ela não se apegasse?
- Me poupe, vocês dois estão sempre juntos, aposto que já até... enfim, como não quer que ela se apegue?
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𝐼𝑛𝑠𝑜́𝑙𝑖𝑡𝑜
Lãng mạnSophie sempre foi protegida e amada, mas quando a morte chega à sua família, ela se vê perdida na solidão de estar sem seus entes queridos. A situação apenas piora quando seu pai, o único que restou, simplesmente a despacha para longe por dois anos...