Capítulo 10

33 2 0
                                    

Joaquin me olha confuso, mas assente com a cabeça, abrindo a porta para mim.

- Sophie... que horas são?

Ele me pergunta confuso e fecha a porta assim que eu entro. Petrus, seu colega de quarto, dorme tranquilamente na cama ao lado da de Joaquin, mas tento fazer o máximo de silêncio possível para não acordá-lo.

- Eu preciso falar com você, preciso desabafar com alguém ou eu vou enlouquecer!

Digo em um sussurro sufocado que arranha minha garganta. Ele me puxa para sentar na cama dele e se senta ao meu lado.

- O que houve? Porque veio aqui tão tarde da noite?

- A minha mãe...

Falo baixinho antes de começar a chorar e soluçar. Eu não falo mais nada, mas Joaquin me puxa para um abraço e eu me desfaço nos ombros dele.

- Shh... não precisa chorar, respira fundo...

Ele diz calmamente enquanto alisa meu cabelo, acariciando minha nuca levemente. O tempo vai passando e eu vou me acalmando nos braços dele até parar de chorar totalmente. Ele me afasta o suficiente para me olhar nos olhos e segura minha bochecha com uma mão.

- Pronto, agora me conta com calma o que houve.

Quase volto a chorar novamente ao lembrar do relatório, mas respiro fundo.

- A minha mãe...

Digo e minha voz treme.

- O que tem a sua mãe?

Ele pergunta confuso.

- Ela não morreu como eu imaginava...

Sussurro e olho nos olhos dele.

- Ela foi assassinada Joaquin.

Ele empalidece com a minha fala e seus olhos ficam frenéticos, um milhão de pensamentos e possibilidades rodando sua mente.

- O que... o que você quer dizer com isso, Sophie?

- O que mais alguém pode querer dizer com "ela foi assassinada" ? É isso mesmo, alguém matou a minha mãe.

Me levanto com raiva.

- E eu vou descobrir quem foi.

Ele me puxa para baixo novamente.

- Calma "Kill Bill", não é assim que a banda toca.

- Como não Joaquin? Como não? A minha mãe foi assassinada! Alguém matou ela! E não só isso, alguém torturou ela!

Quase grito e ele faz um sinal de silêncio para mim.

- Como você sabe de tudo isso?

Jogo as folhas do relatório na cama dele.

- Está tudo aí.

Cruzo os braços enquanto ele lê as folhas com calma.

- Quem te deu isso?

Ele me pergunta e eu suspiro, fazendo uma mecha do meu cabelo loiro escuro voar pelo ar e cair novamente no meu rosto.

- Eu não sei, tinha um bilhete em cima da minha cama me dizendo para ir até a floresta à meia noite e eu iria descobrir a verdade sobre a morte da minha mãe.

- Não tinha assinatura?

Ele me olha nos olhos.

- Não, não tinha nenhum tipo de identificação no bilhete. Eu até cheguei a pensar que era uma brincadeira de muito mau gosto, então imagine a minha surpresa quando eu chego lá e encontro isso.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 21, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

𝐼𝑛𝑠𝑜́𝑙𝑖𝑡𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora