Capítulo 7 - Sentimentos

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Natsu on.

Acordei com o sol batendo na minha cara, tentei me espreguiçar, mas havia algo apoiado no meu braço esquerdo e estava dormente, era a Lucy, eu tinha dormido na cama da loira de novo, fico feliz por ela não ter me expulsado ontem à noite. Passo a mão livre pelo seu cabelo, pela bochecha e por seus lábios, tão macios, tão quentes e acolhedores.
- Você é linda sabia? - sussurrei para ela que ainda dormia calmamente - Como posso estar tão vidrado em você? O que fez para me deixar assim? Você é gentil, dedicada, alegre, forte e tem um sorriso lindo! É tão linda, simples e cativante! Você sabe o que fez comigo? Eu venho tentando negar isso desde quando te conheci - falava enquanto ainda massageava sua bochecha - Eu me apaixonei por você, me apaixonei por seu jeito tão doce de ser, não sei como você conseguiu acordar esse dragão aqui no meu peito, mais agora ele só quer estar contigo, você ocupa tudo em mim e até pouco tempo estava em meus sonhos - ela gemeu, estava prestes a acordar - Tudo que você faz é tão lindo, mas eu não posso te contar o que sinto ainda, não sem saber o que eu realmente sou para você - dei um selinho em seus lábios e levantei para tomar banho.

Lucy on.

Senti algo quente tocar meus lábios, foi à mesma sensação que tive quando eu e o rosado nos beijamos, não abri meus olhos apenas deixei que tudo seguisse, logo depois ele se afastou, levantou da cama e foi tomar banho. Sentei-me na cama e toquei meus lábios, meu coração estava dando piruetas, me faltava ar, estava corada e surpresa, levantei e preparei o nosso café da manhã, eram 7h30 e sairemos daqui a pouco.
- Bom dia.
- Bom dia Natsu - sorri, ele ligeiramente corou - Eu vou tomar banho, você pode fazer as toradas? Tem geleia na geladeira.
- Claro - assim que ele respondeu sai da cozinha, Natsu estava estranho, será que ele esta com vergonha pelo que aconteceu hoje? Será que ele sabe que eu estava acordada? Acho que não. Quando terminei o banho fui para a cozinha, ele estava me esperando para tomar café.
- Não precisava me esperar, você sempre esta com muita fome pela manhã.
- Não se preocupe, eu quis esperar.
- Obrigado - eu corei - nos vamos comprar roupa na cidade vizinha, estava pensando em dar um passeio, então achei uma boa ideia, o que acha? - acho que ele não gostou da ideia, pois fez uma careta.
- Da para ir andando?
- Não, mas também não quero ir dirigindo por isso pensei em irmos de trem.
- Tudo bem.
- Natsu você esta estranho, porque quer ir andando?
- Não é nada, não se preocupe.
- Como não vou me preocupar? Sua cara esta horrível.
- Não é nada, é serio.
- Vou fingir que acredito, mas já esta na hora, vamos, o próximo trem sai daqui a quinze minutos, temos que pega-lo.

Natsu on.

O sol estava lindo, brilhante como o cabelo da loira, ela anda na minha frente, brincando de se equilibrar na beira do rio, sempre que ela passa os pescadores avisam o quanto isso é perigoso, mas ela é teimosa, teimosa e linda, eu fico o caminho todo a observa-la, ela passa por um grupo de jovens e eles gritam:
- Loirinha gostosa!
- Um dia vai ser minha! - Ela parecia irritada, estava a ponto de grita com eles e dizer o quanto eles são idiotas, mas eu agi antes dela.
- A loirinha que vocês estão falando por acaso é aquela ali na frente? - falei alto o suficiente para aquele grupinho ouvir, acho que Lucy também ouviu, mas não vou parar agora, ainda bem que não tem mais ninguém além da gente nesta área - Aquela loirinha ali é minha namorada, e se vocês não quiserem briga é melhor deixa-la em paz - os caras ficaram assustados e foram embora, Lucy continuou parada me olhando, estava corada e eu também corei, passei por ela e ela veio me seguindo sem falar nenhuma palavra.

Lucy on.

Quando chegamos à estação, eu fui comprar os ingressos, não conseguia tirar da cabeça aquela cena do Natsu falando que eu sou sua namorada para aqueles caras, ele estava apenas me protegendo, aposto que nunca pensaria nessa hipótese, acho que queria que aquilo fosse verdade, ai Lucy o que você esta pensando? De qualquer forma tenho que agradece-lo, comprei dois refrigerantes, sentei ao seu lado e ofereci um a ele.
- Pegue, é como um agradecimento por você ter me protegido naquela hora, obrigado.
- Não esquenta, e obrigado pelo refrigerante.
- De nada - ficamos um tempo em silencio ate que eu falei - Sabe, eu fiquei feliz pelo que você fez - sorri para ele - Naquela hora você me lembrou daquele garoto que disse que iria acabar com todos os monstros que estivessem no meu caminho, foi uma sensação boa - ele pareceu surpreso e corou - vamos, o trem já vai sair.
Entramos no trem, eu sentei em um dos bandos e Natsu na minha frente, esperávamos o trem partir, quando começou a se mover Natsu fez uma cara estranha, parecia que queria vomitar.
- Ah não Natsu, você passa mal quando está em movimento?
- Sim - Estava realmente mal, fiquei preocupada.
- Tem algo que eu possa fazer para ajudar?
- Acho que não
- Deite no banco, tente dormir quando chegarmos eu te acordo.
- Ok.
Natsu logo dormiu, aproveitei para ler um livro: "A tempestade" de William Shakespeare, a viagem foi rápida e logo havíamos chegado à cidade de Kagura, acordei Natsu e ele deu graças a Deus por já termos chegado.

Natsu on.

Passamos em varias lojas, Lucy estava adorando escolher minhas roupas, ela dizia que eu era seu "manequim particular", foi até divertido a ver rir quando eu experimentava roupas que não tinha nada a ver comigo, chegamos a uma pracinha e Lucy falou:
- Preciso ir a uma farmácia comprar alguns remédios, fica a uma quadra daqui, me espere.
- Não quer que eu vá com você?
- Não precisa, não vou demorar e você deve estar cansado, andando com essas sacolas pra lá e pra cá.
- Ok.
- Já volto.
Já havia se passado meia hora e nada, ela estava demorando de mais, então resolvi ir atrás dela, estou preocupado. Sai perguntando onde ficava a farmácia mais próxima e segue as orientações das pessoas, passando por um beco escutei um grito, era a Lucy, tinha uns caras agrando ela, a blusa dela estava rasgada, um deles estava beijando o pescoço dela, ela esta imprensada na parede, eu estava cheio de raiva, larguei as sacolas no chão.
- Solta ela - Gritei e eles se assustaram, Lucy chorava e se abraçava.
- Vai bancar o herói cara? Só para salvar uma loirinha vagabunda qualquer, você é.... - não deixei que ele falasse mais nada, ninguém fala mal da Lucy na minha frente, nunca, não vou permite, dei um soco na cara dele, que caiu no chão. Logo todos já estavam brigando contra mim, levei alguns socos, mas não ia permitir que eles a humilhassem, depois de muito apanharem, eles desistiram e foram embora, fui até a Lucy.
- Como você esta? - mais que pergunta idiota Natsu, é claro que ela não esta bem.
- Eu me sinto suja - eu entendi o que ela quis dizer, ela estava falando que foi tocada por aqueles porcos, então tive uma ideia para fazê-la esquecer, lembrei que passei por um rio e sei onde fica. Peguei uma de suas blusas na sacola e dei-a para vestir.
- Vem comigo, eu sei o que fazer para te ajudar - estendi minha mão para ela, Lucy apenas olhava-me desconfiada - Confia em mim? - ela assentiu e segurou minha mão.
Levei-a até a ponte, o rio era lindo e extenso, fui até a margem e coloquei as sacolas no chão, Lucy me olhava como se eu fosse um alienígena, carreguei-a tipo noiva e nem deixei-a reclamar, pulei com ela no rio, quando ela recuperou o ar, ficou muito brava.
- Porque você fez isso? Ficou doido? - Ela estava pirada e me dando leves muros, abrasei-a forte, a fiz parar de me bater e sussurrei em seu ouvido.
- Sabia que a agua leva qualquer coisa de ruim que você carregue, agora você pode a deixar tirar toda aquela dor, então bote tudo para fora, eu vou estar aqui, vou te proteger - não demorou muito e ela já estava chorado, apertei-a mais - vai ficar tudo bem, não a deixarei sozinha, nunca - ela corava cada vez mais, estávamos molhados dos pés a cabeça. Depois de certo tempo ela se acalmou e falou:
- Obrigado.
- Loirinha você chama muita atenção.
- Não me chame de loirinha.
- Hahahaha você fica fofa quando esta enraivada - falei sem pensar, ela corou, ficamos nos olhando, mas fomos acordados com a voz do guarda do outro lado da margem, saímos do rio, pegamos nossas coisas e corremos para o guarda não nos pegar, fomos ao banheiro publico e trocamos de roupa.
- Natsu, acho que devemos ir, faltam apenas 20 minutos para o próximo trem.
- Hay, já estou cansado.
Entramos no trem e eu sentei em frente à Lucy.
- É melhor você dormir.
- Eu sei, mas aqui é desconfortável - ela sentou-se ao meu lado e falou:
- Pode colocar sua cabeça no meu colo.
- Tem certeza?
- Claro - eu deitei e fechei os olhos, ela tem um cheiro tão bom, é como um calmante, eu abri o olho e ela esta com um livro nas mãos lendo, não estava me vendo olha-la, decidi dormi, ele começou a fazer carinho no meu cabelo e eu me senti muito bem.
Lucy me acordou quando chegamos a Magnólia, pegamos um taxi e fomos para casa, eu só fiz tomar um banho e deitar, estava morto de cansado, dormi no sofá, achei melhor não deitar com ela, pois eu posso acabar não conseguindo esconder meus sentimentos.

E se eu para sua nova chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora