Capítulo 3

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Juliette Freire.

Saio batendo forte a porta atrás de mim, encontro o Arthur saindo de um cômodo com uma toalha enrolada na cintura.

Arthur- Bom dia grandona onde vai com essa presa toda.

Juliette- Bom dia, tô vazando, atrasada pro trabalho, a gente se fala depois.

Arthur- Juliette sendo Juliette, você precisa viver um pouco, trabalha demais já falei.

Juliette- E você precisa parar de vadiar e arrumar um emprego de verdade.

Ele ri, abrindo os braços em forma de rendição, passo por ele correndo, ele fica rindo pelas minhas costas.

Chegando do lado de fora da propriedade fico parada feito uma palhaça tentando lembrar onde estacionei o meu carro, aciono o alarme e o bonito pisca para mim, rio comigo mesmo, dou partida e sigo voando para o trabalho.

Sarah Andrade.

Passaram-se duas semanas desde que comecei a trabalhar aqui, confesso que a correria daqui é insana a julgar pela vida corrida da minha chefe, não sei como ela dá conta de tudo isso.

Cheguei cedo como de costume, verifiquei a agenda da senhorita Freire notei que tinha alguns compromissos que requer a presença da mesa.

Decidi ir na sala dela ver se ela irá comparecer a esses compromissos, bato na porta três vezes noitei que não a sinal de que ela ainda tenha chegado.

Insisti mais algumas vezes e sem sucesso, resolvo voltar para minha sala, assim que ela chegar retornar falarei com ela.

Minutos depois de sentar a minha mesa a Freire passa por mim, a todo vapor, cabelos recém molhados, óculos escuros e para minha surpresa sua roupa está um tanto amarrotada.

Sarah- Bom dia senhorita Freire.

Juliette- Bom dia senhorita Andrade.

Responde sem ao menos olhar na minha cara.

Sarah- É, preciso falar com a senhorita...

Tento alcançá-la mas é em vão, com passos largos ela me dá as costas, me deixa ali falando sozinha.

Mas que filha da mãe, não é de costume ela chegar atrasada, de qualquer forma falo com ela outra hora, não vou provocá-la ela não está com a cara tão boa assim.

Juliette Freire.

Céus, isso que dá beber feito uma idiota, e essa dor de cabeça infernal que está me matando, acabando com o meu ser.

Depois de muito pensar, acabo pedindo ajuda para a Sarah, tive que engolir meu orgulho e ligar para a sala dela.

Juliette: Ah... Oi, senhorita Andrade, poderia vir a minha sala agora mesmo.

Ela fala com uma voz doce do outro lado da linha.

Sarah- Estarei aí em um minuto.

Ela bate na porta pedindo permissão para entrar.

Juliette- Por favor entre a porta está aberta...

Sarah- Pois não senhorita, o que deseja?

Juliette- Consiga para mim aspirina, e todo tipo de analgésicos e relaxantes musculares se for possível, tive uma péssima noite e estou com uma ressaca horrível.

Ela me fita com um olhar curioso.

Sarah- Ok faço isso agora mesmo. Algo mais que eu possa fazer para aliviar sua dor?

Pensei besteira confesso, mas ela não precisa saber o que se passa na minha mente suja, limpo a garganta e falo.

Juliette- Cancela todos os meu compromissos, não estou com humor e nem disposição para ninguém hoje.

De quatro pela minha secretáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora