De quatro pela minha secretária

Capítulo 8

Juliette Freire.

Adentramos ao prédio, um silêncio confortável nos percorre, paramos no andar onde fica o apê dela, a mesma abre a porta e me convida para entrar, estou surpresa, o lugar é bem agradável e organizado, agora entendo um pouco porque ela gosta de tudo organizado.

- Quer beber alguma coisa? Água, suco?

- Whisky tem?

- Céus como você é ousada, eu não costumo ter bebidas em casa, mas em alguma ocasiões bem raras eu gosto de beber algo, só um momento já volto.

Depois de alguns minutos ela volta com uma garrafa e um copo.

- Você quer gelo, eu posso pegar.

- Gelo por favor.

- Ah está sendo gentil, acho que você bateu forte com a cabeça.

- Engraçadinha você em.

Ela vai até a cozinha e trás algumas pedrinhas de gelo para mim.

- Olha fique a vontade, mas não toque em nada, uma coisa é trabalhar pra você, outra coisa é te ter como penetra na minha casa.

- O que você esconde que eu não posso ver.

- Absolutamente nada, vou tomar um banho e já volto.

Indo em direção ao quarto dela eu fico ali na sala presa em meus pensamentos, me sirvo de uma dose de whisky, não sei se ela sabia mas é um dos meus favoritos, olho em volta mais nada atiça a minha curiosidade a não ser uma vontade repentina de ir no quarto dela.

Levanto decidida a ir no quarto dela, mas eu não sei se devo, não quero parecer precipitada e assustar ela, invés disso o telefone que está posicionado na mesinha de centro toca, eu deixo tocar, afinal ela disse para eu não tocar em nada, difícil é segurar a curiosidade e atender para ver quem está ligando para ela há essa hora da noite.

Ah foda-se pego o telefone e levo ao ouvido, fico calada esperando a pessoa do outro lado da linha falar algo...

- Alô, Sarah?

É um homem, mas quem será? Eu desligo ou espero que o indivíduo se revele.

- Alô Sarah, eu ouço a sua respiração, fala alguma coisa, sou eu o Rafael.

Rafael? Mas quem é Rafael? Será o verdadeiro namorado dela?

- Alô?

- Quem está falando, onde está a Sarah, e porque você está atendendo o telefone dela?

- Quem eu sou não importa, o que você quer?

Sem esperar ele desliga o telefone na minha cara, ah mais eu vou querer saber direitinho quem é esse tal de Rafael, sei que não tenho esse direito de tirar satisfações com ela mas isso me deixou incomodada, será ciúmes?

Tomada pelo impulso vou cega em direção ao quarto dela, a porta está encostada a abro e entro com cuidado, a porta do banheiro também está encostada olho pela fresta, só consigo ver a silhueta dela, mas infelizmente por causa do vapor da água quente eu não consigo ver nada.

Maldido vapor, vou dar o fora daqui antes que ela me veja espiando, aí sim eu estaria morta.

De volta a sala já estou na quarta dose de whisky, depois de uma longa espera ela aparece com um robe branco, pantufas fofinhas preta e uma toalha enrolada na cabeça, oh porra será que tem algo por baixo desse robe que ela veste, estou sendo traída impiedosamente pela minha mente, meu corpo reage mesmo contra a minha vontade, acordando partes sensíveis, limpo a garganta e tiro a cara de babona que se instalou no meu rosto.