Esse cap pode talvez causar gatilho em algumas pessoas, eu não tenho certeza,mas tenho medo de que prejudique alguém. Se fosse eu lendo, com certeza teria.
Não precisa lê-lo se não quiser!
Não tem nada de automotilação ou suicídio,mas ainda assim,é melhor precaver.Leiem com cuidado!!
Há dois dias que não quero sair da cama. Eu não quero abrir meus olhos,nem falar com os outros. Eu não quero fazer isso nem por mim e nem por ninguém,mesmo sabendo que isso machuca e decepciona as pessoas.
Há dois dias eu me tranquei no quarto depois de ter outra crise. Eu me deitei na cama e não saí mais,nem sei que horas são.
Me sinto extremamente cansada,deprimida e sem vida. Eu estou em um dia sem cor,e eu não queria que fosse, não queria mesmo. Meu avô está aqui,eu sei que está, mas eu não ligo. Porque eu não quero falar e nem olhar para ninguém.
Vovó Grace, tio Martin,tia Rose...Até meu avô tentou me fazer sair,mas eu não escutei. Não tenho forças para escutar nada. Não tenho para desenhar, para tomar meus remédios ou para responder as mensagens do Conrad.
Há dois dias que eu não como,não tomo banho, não saio dessa cama...Eu não sei como eu fico assim,não sei porquê isso toma conta de mim.
Já aconteceu outras vezes, em algum momento a culpa por preocupar as pessoas vai pesar em mim e eu vou levantar. Mas por agora não sinto nada além de cansaço. E eu não me importo com ninguém.
Eu já sei tudo o que vai acontecer depois que eu sair daqui. Minha psicóloga vai pedir para aumentarem minha dosagem,tio Martin vai dar um tempo no trabalho para ficar comigo. Vovó vai provavelmente me pedir para fazer receitas com ela,e tia Rose vai esquecer nossa discussão e me tratar como se eu fosse quebrar a qualquer momento.
Vão todos parar suas vidas por minha causa. Eu sou uma egoísta do caralho.
Tia Rose para de tomar seus remédios e eu me tranco no quarto. Vovô volta de viagem e eu me tranco no quarto. Tio Martin me pede para ser sincera e resolver os problemas em família, e o que eu faço? Me tranco na porra do quarto.
Eu sempre vou me trancar no quarto,mesmo quando tem pessoas que precisam de mim. Porque eu sou horrível.
As pessoas dizem que estou errada quando falo isso em voz alta,mas se não fosse verdade eu não sentiria medo de me olhar no espelho.
Não sei porquê penso isso. É como uma voz repetindo isso sem parar, e ela é tão famíliar...Tão parecida com a de alguém que não me lembro.
Eu não me lembro...
Eu não me lembro da noite em que meus pais morreram. Não me lembro de muita coisa da minha vida depois que eles morreram.
Me lembro dos jantares em família,dos jogos,dos filmes,das músicas...Me lembro de me sentir feliz mas não parecer real. Parece que todas essas lembranças tem um buraco e não duram muito. Como se acabassem...
(...)
Minha cabeça parece que vai explodir a qualquer momento. Me sinto nojenta e fraca. Já faz fez cinco dias agora.
Abro meus olhos com dificuldade enquanto tento me acostumar com a claridade. Junto toda força que me resta e me sento na cama apoiando minhas costas na cabeceira.
Respiro fracamente enquanto estico meu braço para pegar meu celular ao meu lado na cama. Quando o acendo e ligo a Internet,vejo milhões de mensagens de Conrad e até de outras pessoas.
Vou até o contato da tia Rose e mando mensagem para ela. Ela responde na hora e logo posso escutar vozes do outro lado da porta.
Alguns minutos depois a porta é aberta. Vejo tia Rose vindo na minha direção com preocupação e alívio por me ver respirar. Tio Martin me ajuda a levantar e me leva até o banheiro.
Algum tempo depois todos saem do quarto e só fica tia Rose e eu. Ela me ajudou a tomar banho,penteou o meu cabelo e escolheu minhas roupas.
Não me senti uma unutil,me senti uma criança. Tive uma sensação de já ter vivido isso antes, mas eu sei que nunca aconteceu.
Quando tenho uma recaída normalmente não dura tanto, consigo fazer as coisas sozinha.
Sinto a culpa me consumir, assim como eu já sabia que aconteceria.
- Eu trouxe uma sopa de legumes para você.- Vovó Grace diz assim que entra no quarto.
- Legumes?- Faço uma careta e a escuto rir junto a minha tia.
- Vai ajudá-la a se sentir mais forte.- Coloca a bandeja com o prato em cima no meu colo e senta-se na cama ao lado.
- Consegue sozinha?- Pergunta tia Rose.
- Acho que sim.- De vagar,pego a colher e a levo até a boca.
Levei uns dez minutos para consegui terminar tudo antes de minha vó levar as coisas de volta para cozinha.
Volto do banheiro depois de escovar meus dentes. Quando chego no quarto vejo tia Rose trocando os lençóis da cama.
- Você quer descer?- Ela pergunta depois que termina.
- Okay.- Ela vem até mim e pega em minha mão.- Vamos?
Tia Rose sorri e afasta uma mecha de cabelo de meus olhos. Assinto e saímos do quarto.
Quando chego até a sala,vejo todos sentados, incluindo meu avô.
Sorrio fracamente quando o vejo. O mesmo vem em minha direção e me abraça. Ele me abraça com tanta força que quase não consigo respirar.
Eu o abraço de volta e fecho meus olhos imaginando que tudo está bem. Eu estou com o meu avô,minha pessoa preferida no mundo todo. Tem que está tudo bem.
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Queria pedir desculpas pelo capítulo extremamente depressivo. Normalmente eu sempre penso em colocar um pouco de como estou me sentindo nas coisas que escrevo, até porquê é assim que eu me expresso.Esse cap também serviu mais para mostrar como a Anna realmente se sente. Tem muita coisa que ainda não sabemos.
**As coisas podem ficar realmente muito fudidas às vezes. Mas mas no final do dia,talvez, você consiga sair da cama.
Assim como Anna conseguiu.Enfim,desculpe qualquer erro.
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Cruel Summer - Jeremiah Fisher
Fanfiction- É verão e você está de casaco. - Acho que não sou uma garota do verão. ou Aonde Jeremiah tenta mostrar para Anna que existe luz em todas as estações e não só um inverno triste e frio.