Capítulo 02

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Ao subirem para um dos quartos do bordel, o homem que ainda não havia dito seu nome, se sentou sobre a cama, aparentemente ansioso, seu companheiro ainda não havia chegado, naquele quarto apenas estava ele, e Kazutora.

— Você ainda não me disse seu nome. – Kazutora quebrou o silêncio um tanto constrangedor que se fazia presente.

— Keisuke Baji. – O homem respondeu e sorriu.

— Você também não me falou seu nome em nenhum momento, poderia me falar agora que estamos sozinhos? – O mesmo perguntou.

— Kazutora Hanemiya. – O ômega de olhos castanhos  âmbar, respondeu.

— Você tem um belo nome. – O maior respondeu.

— Podemos dizer que sim, minha mãe quem escolheu meu nome, sorte a minha, meu pai com certeza me daria um nome ridículo, ele sempre teve um grande mal gosto.  – O ômega de cabelos negros e mechas loiras sorriu, fazendo com que o maior o admirasse em silêncio, o mesmo estava de certo modo encantado com o seu sorriso.

Keisuke analisou cada mínino detalhe sobre o bicolor, que ainda estava de pé diante de si, para um ômega ele era alto, seu corpo era magro, mas apesar disso tinha belas curvas, o laço apertado do seu robe, destacavam sua silhueta, sua pele era clara e sem marcas, sua tatuagem de tigre em seu pescoço o deixava ainda mais sensual, seus grandes olhos âmbar transmitiam tanto mistério, fazendo Keisuke se sentir intrigado ao encarar aqueles olhos, seus lábios carnudos e avermelhados eram tão bem desenhados, sua pintinha abaixo do olho com certeza era mais um de seus charmes, e seu doce aroma de mirtilo, esse aroma fazia Keisuke se sentir ainda mais encantado pelo ômega.

Tão belo. – Keisuke pensou em silêncio, ainda tendo seus olhos encarando Kazutora com curiosidade, notando o olhar do maior sobre si, o bicolor sentiu seu coração acelerar.

Enchendo duas taças de vinho, Kazutora sentou-se ao lado do moreno que estava em silêncio, apenas o olhando, e lhe entregou uma das taças. — Que tal conversamos um pouco enquanto seu companheiro não chega. – O bicolor sugeriu, afim de conhecer um pouco mais do alfa, ele não podia negar que o homem havia dispertado seu interesse.

O moreno sorriu, Kazutora parecia ser uma pessoa gentil, isso o deixava aliviado por ter escolhido alguém compreensível. — Sim, devemos conversar. – O moreno respondeu.

— Por que está aqui essa noite? – Em seguida o mesmo perguntou, ele estava curioso, já que não era difícil perceber que o bicolor não queria está ali, assim como ele, mas apesar disso, não gostaria de criar um clima ruim entre eles.

—  Prefiro passar essa pergunta, é uma situação tão patética que me sinto até envergonhado. – O bicolor respondeu, afim de não entrar em um assunto tão íntimo sobre sua vida, afinal Keisuke ainda era um desconhecido.

— Se pararmos para analisar me encontro em uma situação patética assim como você. – Baji sorriu sem graça, Kazutora já havia perdido as contas de quantas vezes havia visto esses sorriso forçado no rosto do moreno.

Kazutora naquele momento podia sentir os feromônios do maior agitados, era difícil descrever qual sentimento ele sentia, olhando um pouco mais para o homem ao seu lado, o bicolor sentiu novamente seu coração acelerar, enquanto sentia um leve frio na barriga se fazer presente.

Keisuke era um homem tão bonito, Kazutora não pode repreender esse pensamento, talvez o álcool já estivesse fazendo efeito o fazendo delirar, fitando seus olhos no maior.

Kazutora admirou o maior de maneira inconsciente,  seu corpo era grande e forte, suas mãos eram tão belas, seus cabelos longos e negros eram tão bonitos, seus olhos castanhos iguais a pedras hessonita tinham um brilho sem igual, seu belo sorriso podia facilmente fazer qualquer um se encantar por si, seus belos caninos com certeza eram o charme desse sorriso, mesmo que fosse um sorriso forçado, seus lábios bem desenhados, pareciam tão convidativos, beijar esses lábios não seria um grande sacrifício, Kazutora se repreendia internamente por esses pensamentos, mas sentindo o aroma doce que esse alfa estava exalando, era impossível não ser seduzido pelo mesmo.

De repente, pais. (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora