Capítulo 4

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Capítulo 4
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10:30-Dia 0
ANTHONY

Depois de pensar em Charlie volto a olhar para esses dois, tento pensar em um plano, qual vai atacar primeiro, o diretor ou o aluno, o mais novo tentou primeiro, esquivo e ele cai no chão aproveito e pego sua perna e quebro ela, observo o velho e ...

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Depois de pensar em Charlie volto a olhar para esses dois, tento pensar em um plano, qual vai atacar primeiro, o diretor ou o aluno, o mais novo tentou primeiro, esquivo e ele cai no chão aproveito e pego sua perna e quebro ela, observo o velho e corro até ele e cravo o canivete na cabeça, logo ele para de se mexer, comemoro ja que achei seu ponto fraco, recolho a lâmina e cravo no outro caído. Vou até a parede e me arrasto até o chão e começo a sentir dor, os raspões que antes não percebi por conta da adrenalina, agora surtem efeito.

Quero descansar, quero dormi mas tenho que procurar minha irmã, começo a bolar um plano na minha cabeça, em qual prédio ela pode estar? Na sua sala de aula ou no ginásio de esporte treinando tiro ao alvo, ela tinha uma competição hoje, ela pode estar bem, matar essas pessoas estranhas é fácil com um arco ainda mais com suas habilidades e com as técnicas que o vovô passou para ela. Mas isto está fora de cogitação, ela é muito gentil, jamais mataria uma pessoa, não importa a situação.
Abro a porta devagar e olho para o lado de fora, uns 5 deles no corredor, fora os que estão nas escadas para o primeiro andar, abro a janela e no pátio tem tantos que não consigo contar, Vou primeiro ir para a sala dela e depois se ela não estava, lá eu faço outro plano. Vou até a escrivaninha e abro todas as gavetas, acho uma tesoura e coloco no bolso. Não achei mais nada de interessante, pego a tesoura e abro a porta, saio da sala correndo mas essas pessoas loucas começam a correr atrás de mim, desvio de alguns, participar de briga clandestina ajudou nos meus reflexos nesse momento, infelizmente um deles me agarra por trás e tenta me morder mas consigo cravar a tesoura na cabeça, e continuo correndo para as escadas agora estou só com meu canivete o que me deixa em uma baita desvantagem, ao começar a descer vejo que mais escadas, tem pelo menos uns 15 deles, opto por voltar e subir para o próximo andar.

Vou subindo as escadas e desvio de um e depois de outro ao chegar no corredor do terceiro andar procuro uma sala, ao achar entro e tranco a porta, ao me acalmar avalio o lugar, cheguei na enfermaria, começo a abrir as estantes, pego ataduras, remédios, pomadas e tudo que considero útil, deito em usadas marcas de pé e descanso, escuto minha barriga roncar pego um sanduíche que o Vovô fez para mim hoje de manhã, pode ser minha última refeição decente, então como devagar, depois de cheio procuro uma rota de fuga, observo calmamente até avistar o telefone, corro para lá e ligo pra cada, espero e ninguém atende, disco o número novamente e começa a chamar e alguém atendeu.


-Vovô?! É você- eu disse agitado

-Anthony!, que bom que está vivo, e a sua irmã? Ela está com você? Como estão as coisas por aí- dava para perceber o tom preocupado em sua voz, meu avô criou nós.

-Não sei onde está Charlie, estou tentando ir atrás dela, vovô eu prometo que vou encontrar ela e trazer para casa a salvo, o Felipe te ligou? Não ter notícias de ninguém me deixou preocupado- falei com um nó na garganta

-Tentei ligar para ele, mas ninguém atende, vou ligar para Anna depois, talvez ela atenda.

-Me escuta tá, provavelmente não vou mais entrar em contato, estou ligando por um telefone da escola é preciso buscar a Charlotte, fique vivo.

-Filho!, você também é para estar bem, não posso perder vocês, eu sei que você não gosta mas, eu te amo tá!

-Também te amo, desculpa por ter parado de dizer para vocês, e se conseguir falar com alguém, fale que o ponto fraco deles é a cabeça, apenas ela!- desliguei a chamada.

Escuto os gemidos dessas coisas, parecem mortos, melhor eu dar um apelido a eles, como mordedores, pronto esse vai ser o nome. Parece ter vários atrás da porta, e se continuarem a fazer pressão, uma hora ela vai ceder. Pego lençóis e cobertas, faço nós entre elas, sei alguns porque por um tempo fui escoteiro, pego essa espécie de corda e jogo para fora da janela, alcança até uma janela do primeiro andar, começo a descer dela, quando escuto a porta quebrando lá em cima. Quando chego na outra janela, vejo que cheguei na secretaria, vejo que tem um rapaz escondido debaixo de uma escrivaninha, entro e corro até a porta e a tranco.

Volto para chamar a atenção do rapaz paralisado.

-Ei, oi, você tá bem?- ele me olhou assustado e aliviado, provavelmente por ver alguém bem.

-Porra, alguém vivo além de mim, não sabe o quanto eu pensei que fosse o último na escola, e parece que você tem uma certa experiência com esses mortos, afinal a camiseta tá cheia de sangue.

-Mortos? Eles estão mortos?- Fiquei confuso com a declaração dele.

-Sim cara, a enfermeira checou um deles, e disse que estava morto, isto foi segundos antes de o paciente morder ela.

Sentei no chão e fui conversando com o cara, ele se chamava João, e viu tudo, quando esses mortos invadiram a escola, ele se escondeu e sobreviveu por pouco.

-Olha, precisamos fugir, ir para um local mais afastado, somos só nós dois aqui nesta escola e precisamos achar um local seguro, nenhum de nós dois vai conseguir se salvar sozinho- ele estava certo, é difícil sobreviver sozinho, mas meu grupo é minha família.

-Não posso, minha irmã está nesta escola e preciso achá-la, não vou abandonar a família, você vai comigo e sobrevive ou fica e morre, minha única proposta é essa.

-Olha não vai rolar- ele fala se jogando pra cima de mim, quando vejo sua verdadeira intenção já é tarde demais, levanto rápido do chão e olho ele me apontando com o canivete.

-Eu que mando aqui agora, não vai querer brigar com um homem armado, questão de bom senso- avisa com um olhar psicopata.

-Eu que mando aqui agora, não vai querer brigar com um homem armado, questão de bom senso- avisa com um olhar psicopata

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