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Antonella

Envolvi meus braços em seu pescoço e Nero me ergueu. Enrosquei minhas pernas em sua cintura.

Suas mãos seguravam minhas coxas enquanto me carregavam pela escada do escuro. Ele nem se importou em pegar a lanterna.

Não interrompemos o beijo em nenhum momento. Quando paramos, era Nero me colocando em pé do lado da cama.

Tirei a blusa que ele colocou em mim e deitei na cama. Seu corpo pesou sobre o meu, mas não me importei.

Sua boca foi na direção do meu pescoço, chupando a pele com força. Eu provavelmente ficaria marcada.

Ele olhou para mim e depois para meus seios, como quem pede permissão. Assenti, tirando o sutiã e jogando a peça para longe.

Ele encarou o corte que fez no centro. Nero passou o nariz pelo corte como se pudesse ainda inalar o cheiro de sangue. A carícia foi subindo até encontrar um dos meus mamilos. Sua língua lambeu o bico do meu seio esquerdo.

— Quero os mapas desse esconderijo. — Arfei, tentando evitar um gemido. Eu nunca deveria fazer barulho.

— Eu estou com a minha boca em você e é isso que está pensando? — Nero riu de lado. — Se quiser que eu pare...

— Não ouse. — Grunhi, mas respirei fundo quando ele mordeu minha pele.

As mãos dele foram em direção da minha cintura, apertando com possessividade. Meu corpo reagia a ele de uma forma que não deveria. Eu erguia as costas esperando que ele pudesse absorver um pouco mais de pele.

Seus lábios foram descendo até minha barriga e me apoiei nos cotovelos para observá-lo.

— Eu queria muito te foder, tesouro. — Nero desencaixou o elástico da cinta liga. — Mas eu não posso.

— Por que? — Não queria que minha voz tivesse soado com tanto desejo e necessidade.

Nero se levantou.

— Não posso correr o risco de te deixar grávida.

— O quê? — Então era isso?

— Eu não tenho preservativo e você não deve usar pílula. — Faço menção de falar, mas ele me interrompe. — Porque, Antonella, quando eu estiver dentro de você, nada me fará sair. E eu meu esperma, provavelmente, vencerá qualquer método contraceptivo pelo tanto que eu quero gozar dentro de você.

Olhei para ele com uma cara de descrente. Ninguém nunca me rejeitou assim. E ele não vai ser o primeiro.

Fui ensinada muitas coisas. Mas por algum motivo eu sempre amei a sedução. Era um dos meus assuntos preferidos na época da escola.

Nero estava pronto para abrir a porta, quando eu o abracei sua cintura. Colei minha testa em suas costas e disse:

— Você disse querer minha confiança. Deixe eu te mostrar, então.

Nero fica parado como estátua. A mão ainda pairava na maçaneta. Ele suspirou alto e virou de frente para mim.

— Antonella, eu... — Ele começou, mas não dei tempo para que continuasse. Fiquei de joelhos e abri o seu zíper. — O que você está fazendo? — Nero perguntou, meio sussurrando, meio berrando.

— Tinha uma aula no colégio sobre sexo. — O olhar dele se tornou curioso por um instante. — O exame final era que tivéssemos uma real experiência de sedução. — Abaixei sua calça e enquanto ele me ouvia e observava atento. — Tinha um jovem vendedor de leite, que passava todos os dias para colher o leite das vacas do convento para ajudar as freiras, ele morava em uma aldeia próxima.

A filha do consigliereOnde histórias criam vida. Descubra agora