Os Jeon estão em uma enrascada: eles estão perdendo guerras e territórios, aos poucos se tornando uma sociedade enfraquecida. Para piorar, seu diplomata morreu, a quem haviam marcado uma reunião urgente com a aristocracia dos Kim.
Desesperados e mo...
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Ele lembrava do seu aniversário de dezoito anos. Naquela época, seus pais não haviam assumido a liderança ainda, que estava na mão dos anciões. Havia uma grande discussão sobre isso, entretanto. Eles não eram os mais adequados para tomarem o poder, não tinham o perfil necessário, apenas o sangue real. Isso os deixou extremamente irritados.
Jeongguk não se sentia muito bem desde aquela manhã, e sabia exatamente a razão, afinal, sua marca viria naquele dia.
Ele se arrumou, vestindo as melhores roupas que tinha para aquela noite. Haveria uma festa para comemorar sua maioridade. Mesmo que não tivesse amigos para se divertir com ele, ou pessoas com quem pudesse conversar além dos serventes, Jeongguk estava feliz. A marca era um ponto de mudança na vida de todos, o maior motivo de orgulho para quem conseguia uma, e ele queria a dele.
Quando ele saiu do quarto, havia uma comoção do lado de fora. Sua tia, uma alfa, ainda não tinha aceitado a ideia de que seus pais provavelmente seriam os responsáveis pelo país no futuro. Ninguém tinha.
- Já não estamos indo muito bem. É preciso responsabilidade nesse momento. E com todo respeito minha irmã, mas você não tem nada disso - ela disse. Jeongguk preferia que sua tia não tivesse dito isso.
O cheiro de rosas murchas começou a encher o local como fumaça, impossível de simplesmente se livrar dela. Sua mãe já estava com os olhos escuros antes mesmo de responder.
- Eu sou a mais velha, e isso é tudo que você precisa saber, Liandra. E não vou aceitar que ninguém tire o que é meu por direito - ela ameaçou.
Seu pai estava mais atrás, apenas ouvindo. Eles eram uma dupla encrenqueira e inseparável, Jeongguk gostava de pensar. Sempre foi sobre eles.
O cheiro forte de orvalho que vinha de sua tia não era reconfortante como na natureza, e fez Jeongguk ficar tonto com a agressividade que era empurrado no ar. Ele inconscientemente foi até seus pais, ficando atrás deles.
- Se você assumir o poder, vai colocar todo nosso país em risco, e você sabe disso.
- E? - Liana perguntou com sarcasmo. - Não importa. Eu terei o que é meu.
Jeongguk sentiu o olhar pesado de sua tia sobre ele, e seu estômago se contorceu um pouco. Aquela sensação de se sentir intimidado apenas porque não tinha uma classe era horrível, fazia-o se acreditar que era diferente de todos naquela sala.
- Não o intimide na minha frente - Liana rosnou, e Jeongguk sentiu sua cabeça doer. Não era para ser assim. Hoje era um dia diferente, era seu aniversário! Será que alguém poderia esquecer os problemas por pelo menos alguns momentos ou ele estava apenas sendo egoísta? - Você não vai conseguir nada enquanto eu estiver aqui.
- Eu não estava tentando fazer nada. Só estou pensando que seu filho vai perder algo muito importante hoje.
- E o que seria? - Liana perguntou, ainda irritada.
