Os Jeon estão em uma enrascada: eles estão perdendo guerras e territórios, aos poucos se tornando uma sociedade enfraquecida. Para piorar, seu diplomata morreu, a quem haviam marcado uma reunião urgente com a aristocracia dos Kim.
Desesperados e mo...
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A aliança de Dedrya e Ustaonia tinha repercutido rapidamente. E claro, houveram dois tipos de reações para ela. Muitos países ficaram insatisfeitos com a aliança, já que os Kim já haviam recusado muitas outras de países grandes e promissores como Ustaonia. Então, qual a razão de aceitar fazer uma união com um país que estava declinando?
Fora que havia um claro impedimento para os ataques a Dedrya sem receber a retaliação de Ustaonia como resposta. Para os líderes que desejavam eliminar os Jeon por completo, a aliança tinha sido um verdadeiro fracasso para eles.
Já para os países neutros, a aliança dos Jeon significava que havia uma responsabilidade em jogo agora. Os líderes de Dedrya estavam limitados, presos em seu próprio país. Um passo em falso significava quebrar os acordos com os Kim, já que Taehyung fez questão de explicitar que só haveria retaliação caso Dedrya fosse atacada por países vizinhos; se os líderes de Dedrya provocassem uma guerra, entretanto, os Kim não envolver-se-iam. Então, era benéfico saber que os Jeon estariam fora de campo por um bom tempo, ou pelo menos até voltarem a ser o que eram antes — tarefa que poderia durar anos.
Jeongguk sabia que sua mãe teria que conter a si mesma para não estragar o que já estava firmado. Para alguém acostumada a criar desavenças, o simples fato de não fazê-lo já a deixava estressada. Mas ela era inteligente o suficiente para saber esperar, ou pelo menos aproveitar a chance que tinha para reconstruir o poder do país. Jeongguk aproveitaria o mesmo tempo para trilhar o caminho de Dedrya até sua liderança.
As duas batidas na porta o tiraram do transe. Jeongguk ajeitou a roupa no corpo por uma última vez antes de sair do quarto. Haveria um anúncio oficial para o povo de Dedrya naquela noite, e toda sua família precisava estar presente.
— Ela já está nos esperando lá fora — Ren avisou. Ele parecia um pouco tenso, e o ômega quase poderia imaginar o porquê. Os Jeon estariam juntos naquela noite, próximos a sua casa, coisa que sua mãe repudiava. — Vamos tentar terminar isso o quanto antes.
Jeongguk assentiu, seguindo-o para fora de casa. A multidão já estava formada, o barulho incessante. Enquanto ia até sua mãe, ele conseguiu ver seus parentes próximos e alinhados, aguardando o anúncio. Quando o viram, pareceram impressionados. Na verdade, Jeongguk também estava. Ele não tinha nem mesmo visto seus primos por todo aquele tempo, e notar suas marcas só mostrava que o tempo tinha passado para todos eles.
Quando Jeongguk sentou em uma das cadeiras e viu sua mãe tomar a frente para falar, o sentimento de que daqui há alguns anos as coisas poderiam ser diferentes fez com que soltasse um sorriso pequeno. Ele tinha esperanças.
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Os dias em que passou em Dedrya foram como antes, mas havia um ar diferente para ele. Não ficava só no quarto agora, tendo força e coragem para voltar a conhecer o lugar em que morava. Não conseguiria permanecer apenas lá mesmo se quisesse, já que agora que tinha uma marca e era um ômega, sua mãe o chamava para ter as lições para se tornar um líder. Precisava estar preparado para quando o momento chegasse e por isso aceitava de bom grado. A primeira prova de que sua opinião realmente era valorizada agora foi quando Liana o convidou para selecionar os professores que seriam enviados a Ustaonia, o que nunca aconteceria se não tivesse uma classe.
