☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝑅𝑒𝑔𝑎𝑙𝑜 𝐷𝑒 𝐿𝑜𝑠 𝐺𝑟𝑖𝑒𝑔𝑜𝑠

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2/2. Gente falta pouquíssimos capítulos pro final...💔

                     

Oikeiótita (adj.):
1. Familiaridade, intimidade.
2. Ausência de cerimônias, convivência.

                     

Point Of View Natalie

                     

"Eu sou libriana." Essa com certeza é a frase que eu mais falo na vida, disparado. E às vezes é porque é muito fácil me esconder atrás das características do meu signo mas em outras é porque realmente ser libriana é uma grande característica da minha personalidade, eu diria que 90 por cento de mim pode ser explicado pelo fato de eu ser libriana.

                     

O que isso significa? Significa que eu já me apaixonei 745 vezes em um dia e milhares de vezes durante toda a minha vida e nem é só de fogo na roupa não, é paixão mesmo, de imaginar filhos, de construir histórias, de escrever músicas e mais músicas. Em um minuto eu sou capaz de planejar minha vida toda com uma pessoa que eu nem ao menos conheço. Isso de ser libriana me fez ter a falsa noção de que eu sou uma pessoa feita pro amor, feita pra amar, acho que já disse isso mas como é verdade vale repetir, às vezes nós estamos tão acostumados a entregar nosso coração pra alguém que não nos ama de volta que quando a pessoa corresponde isso assusta, parece surreal e uma pegadinha bem mal feita daqueles canais de humor no youtube.

                     

Afinal o amor não é só aquela coisa que as pessoas cantam? Ou que pessoas que tem muito tédio e 0 vida social escrevem sobre? O maior erro da minha vida foi escutar esse tanto de música de amor, tenho certeza que elas me estragaram. Eu definitivamente odeio o Ed Sheeran um dos se não o maior responsável pela minha crise de ansiedade nesse momento.

                     

Pra contextualizar, nesse exato momento eu estou andando de mãos dadas com a mulher mais bonita do planeta, em um cruzeiro 5 estrelas atracado no meio do oceano grego, a mulher do meu lado usando um vestido vermelho da mesma cor que seu batom, maquiagem leve, sorriso do tamanho do mundo, olhos brilhando, os cabelos jogados para o lado que a deixam imponente, o jeito que ela anda é como se nada no mundo pudesse a atingir, Priscilla Pugliese está acima do bem e do mal.

                     

A certeza da noite é que ela me ama, sabe aquele negócio que eu disse sobre ter medo de entregar meu coração pra alguém que me ama de volta? Então... É bem isso, eu não tenho a menor dúvida de que Priscilla me ama de volta mas eu também não tenho a menor dúvida de que eu a amo mais que qualquer ser humano é capaz de amar alguém e é ai que o problema mora, porque sentindo o toque dos seus dedos no meu, tudo que eu consigo pensar é: "Por favor, Jack, não solte minha mão", eu sou incapaz de sobreviver 84 anos sem o seu amor.

                     

- Para de pensar, nathy - Priscilla me advertiu sorrindo e deixando um beijo na minha bochecha, sorri de volta e tentei voltar ao meu estado de mais cedo onde eu estava decidida a não me deixar levar por todos os filmes românticos que eu já tinha assistido e muito menos pela paisagem grega que me deixa com uma vontade absurda de tirar a roupa e me atracar em Priscilla.

                     

O restaurante era iluminado a luz de velas, decorado com rosas vermelhas em sua grande maioria, menos em uma mesa, que eu tinha certeza que era a nossa, decoradas com girassóis, o marco de Priscilla que também se tornou o meu, afinal todas as vezes que eu vejo um, eu lembro de seu sorriso bobo e seu olhar que brilha. Inexplicavelmente meus olhos encheram d'água e a mais alta percebeu, se inclinou e deixou um beijo no topo da minha cabeça.

                     

- Que foi, Nathy? - Perguntou, preocupada. - Você não gostou? É demais? Eu só quis.... - Colei nossos lábios em um selinho demorado e apertado, com a necessidade de fazer ela não estragar esse momento com insegurança. As minhas já eram o suficiente.

                     

- Obrigada. - Sussurei olhando em seus olhos e me permitindo pela primeira vez desde que o medo tomou conta de mim mergulhar em seu planeta.

                     

Pris tentava a todo momento deixar o clima leve e engraçado, o que não foi muito difícil considerando toda a intimidade que temos, conversamos sobre tudo, sobre a viagem, sobre assuntos constrangedores de infância, fofocas de família, sonhos, vida, amor... Tudo, porque é assim que é pra ser, amar alguém é ser capaz de conversar sobre tudo, o vinho tinto que esquentava minha mente combinados ao seu sorriso que esquentavam minha alma e ao seu olhar que esquentava o meu corpo, eram a junção perfeita pra me fazer perder todo o controle. Eu estava com um pouco de dificuldade em prestar atenção na conversa, já que propositalmente ou não, ela insistia em morder seus lábios a cada final de risada e como seu riso era frequente, a falta da minha sanidade também era.

                     

- Natalie - Estalou os dedos na minha frente - Para de me imaginar nua e presta atenção em mim. - Disse em um tom petulante, o que me arrancou uma risada debochada.

                     

- Quem disse que eu tô te imaginando nua? - Perguntei de forma afrontosa.

                     

- Hm, não sei - Priscilla fez cara de pensativa - Xô pensar - Inclinou seu corpo tentando deixar seu rosto o mais próximo possível do meu mesmo com a mesa nos separando - Talvez seja essa sua cara de ninfomaníaca me encarando - Mordeu os lábios - Ou o jeito que você passa a língua pelos lábios todas as vezes que olha pra minha boca - Priscilla fechou os olhos dando um de seus sorrisos que os faziam diminuir - Ou quem sabe o fato de que você não consegue parar quieta na cadeira.

                     

Me aproximei rápido selando nossas bocas e sussurando em seus lábios - Eu quero a sobremesa agora. - Puxei seus lábios com os dentes e os chupei demoradamente, quando Priscilla ia retribuir o beijo eu voltei a me ajeitar na cadeira, pegando o cardápio e a fazendo me encarar com cara de ponto de interrogação.

                     

- Então vamos pro quarto - Me convidou incerta.

                     

- Não - Respondi direta a deixando em um silêncio constrangedor que me fez rir por dentro.

                     

- Natalie Smith - O tom de voz que ela usou me fez ter que segurar a risada alta que queria escapar.

                     

- Eu disse que queria sobremesa ué - Respondi a encarando e sorrindo de lado.

                     

Ela demorou um tempo pra perceber que eu estava dando o troco pelo que aconteceu na praia, o que deixou ainda mais maravilhoso sua reação e depois de receber um guardanapo jogado em minha direção, eu finalmente gargalhei e pisquei pra ela.

                     

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hey, leiam Tu Amor (Camren), está aqui no meu perfil! Beijos.