XV. Confusão e "desespero Parte 2"

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Acordei ouvido vozes conhecidas então prestei atenção, eu ainda estava pesado, zonzo, meu raciocínio estava lento e estava com muita dor de cabeça.

- O que nós vamos fazer? Estamos em minoria. - Falou Âmbar.

Eu ainda estava confuso, haviam lacunas em minha mente que seriam provavelmente preenchidas com o tempo.

- Estão indo de quarto em quarto, o que faremos? - Perguntou Léo ao fechar a porta.

- Apaguem os que estiverem vindo e protejam Gael, doutor você pode ir agora. - Ben como sempre liderando.

Começaram a retirar alguns aparelhos de mim ao que a porta se abria e fechava. Menos de 5 minutos ela se abriu novamente e uma voz desconhecida se fez presente.

- Achamos eles no 3° andar quarto 407. Pedindo reforços.

Não pude ver o que aconteceu mais pude ouvir passos e objetos caindo assim como corpos com seus sons ocos. Senti braços frios me pegarem no colo estilo noivinha e me tirarem do conforto e quentura da maca –eu sentia o cheiro de hospital– me trazendo um arrepio pela mudança de clima.

- Esta limpo vamos. - Disse Sarah.

- Não podemos sair antes do Steve voltar. - Disse Ben.

Com um esforço máximo e muita dor consegui pronunciar poucas coisas.

- Esperar... Steve.

- Mandão como sempre, vamos espera-lo em frente ao quarto não podemos ir longe.

Pude ouvir passos curtos e logo meu corpo foi colocado em outra superfície macia.

- Fiquem atentos a tudo principalmente e ele. - Disse Ben firme saindo de perto de mim.

Se estão aqui vão nos pegar logo, temos que fazer algo então se mova!

Por dentro das pálpebras revirei os olhos fazendo meu corpo reagir.

Primeiro os dedos da mão, depois a mão, os olhos eu abri tentando me acostumar com o branco.

• Por que tudo aqui é branco?•

Fechei os olhos com força novamente, tentando conter a dor aguda.

- Será que ele ainda vai demorar? Se passou 5 minutos e nada. - Perguntou Jaison.

Me pus a forçar meu corpo novamente, conseguindo impulso o suficiente para me sentar. O mundo girou mais me mantive firme, fechei os olhos e contei mentalmente até 10, os abrindo em seguida e observando os arredores.

Os meninos estavam olhando para o corredor e porta a frente provavelmente de onde saímos o outro lado estava livre, vai ser por esse mesmo.

Devagar desci da maca testando minhas pernas e ignorando a moleza delas me pus a andar me arrastando pelas paredes.

Já no final do corredor me escorei na parede confirmando que não me viram ou poderiam me ver.

- Para onde agora? - Murmurei - Precisamos de um telefone.

Recepção, preste atenção no caminho.

- Certo, recepção.

Depois de seguir algumas placas cheguei a recepção, observando o pouco movimento fui para o balcão pegando o telefone e discando o número pouco conhecido mais bem gravado por mim.

Três toques e finalmente.

- Alô? - Perguntou a voz ao fundo desconfiada.

- Olá velho amigo, se lembra de mim? - Perguntei irônico e baixo.

G.M.L Um Por TodosOnde histórias criam vida. Descubra agora