- II. Estratégia

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11 de Janeiro 2929, 09:45 a.m

- Senhor Cox muitos revoltos estão agindo, não podemos conter a todos. - Afirmava sua secretária.

- Não se preocupe Susi, tenho um plano - Sorriu - Avise ao Senhor e Senhora Flores que iram fugir com os 5 melhores, mudarão de nome, estado, idade, absolutamente tudo, os que forem com eles serão exterminados na hora, apenas eles restarão. Mandarei homens vigiarem o crescimento deles, afinal precisamos ve-los interagir com a sociedade. Quero tudo feito em 24 horas.

- Sim senhor Cox, com licença. - Pediu se retirando.

23:57 p.m

Caos,
Era isso que resumia a situação das pessoas dentro daquele prédio. Umas corridas as escadas atrás de um helicóptero ou meio de saída, outras desciam as escadas imaginaod sair pela porta de entrada que estava barrada por seguranças de grande porte e força prontos para executar a clara e simples ordem: Executar a todos.

Todos os que agora se conscientizaram de seus atos que agora sabem que torturavam e matavam bebês, crianças e adultos, aqueles que se "humanizaram" ao ver o sofrimento alheio, já aos outros que aprovam a dor e crueldade, bom estes estão seguros nos últimos 3 andares apenas observando a chacina que está sendo feita com sorrisos grandes e contentes.

...

No quinto andar  grupo de pessoas carregavam em seus braços crianças adormecidas por sedativos fortes o suficiente para dormirem por três dias.

A mulher que os guiava já havia decorado o caminho, era isso o que pensavam ou deveriam pensar, porquê no ouvido esquerdo da mulher uma escuta havia sido colocada e era isso que a guiava entre as escadas, corredores, corpos e atiradores para a saída.

"Vire a esquerda"

Falou uma voz já muito conhecida por ela e seu marido, que apenas obedeceram seguindo para a esquerda e descendo as escadas.

Ao passarem pela porta as 12 pessoas foram atacadas, os homens lutavam bravamente ou ridiculamente já que sabiam que dali apenas suas carcaças sairiam, as mulheres seguravam seus filhos como se fossem sua própria vida, porquê talvez fossem, elas geraram, criaram e modificaram e por isso a frieza de seus corações se foi. Como uma mãe poderia machucar seu próprio filho? Não poderia e isso as fez chegarem a uma conclusão talvez óbvia para os que já esperavam.

- Não podemos deixa-los nos proteger sozinhos. - Disse uma delas.

- Sarah, por favor cuide deles por nós, não fizemos muito por eles e estamos pagando por isso agora, então por favor vá com seu marido e os levem para longe, cuidem deles como se fossem seus. - Afirmou entregando seu único filho a mulher com lágrimas nos olhos - A mamãe te ama muito Benji, perdoa a mamãe por tudo de ruim que ela te causou, aqui meu anjo - Disse entregando um colar a ele - Fique com isso, para onde a mamãe vai não precisará disso. - Por fim beijou sua testa e enxugou as lágrimas que caiam de seu próprio rosto se erguendo e indo para a guerra junto dos homens.

As outras quatro restantes fizeram o mesmo, se despediram de suas preciosidades, as deixando com apenas um pertence seu para que se lembrassem do sacrifício feito naquele dia por eles, e com um beijo e lágrimas se afastaram se juntando aos outros.

Em um ponto diferente homens aguardavam ordens que assim que foram dadas agiram.

No andar de baixo homens começaram a avançar entrando e subindo as escadas se encontrando com a mulher cercada de crianças. Cada homem pegou uma criança, ajudando a mulher a se levantar e tirando o marido desta de lá, os outros 9 restantes escoltaram o casal e crianças para fora de forma segura e rápida, já tendo um meio de transporte os esperando pronto para leva-los o mais longe e seguro possível.

...

Dentro do último andar um grupo de pessoas se locomovia para o terraço onde 15 helicópteros os aguardavam para tira-los de la.

E quando finalmente estavam dentro dos helicópteros o piloto deu partida e já a uma distância significativamente grande para ambos os meios de locomoção o prédio foi explodido.

Os poucos sobreviventes que restaram não tiveram chances quando os mísseis acertaram o prédio o levando abaixo em poucos segundos junto de todos os corpos de homens e mulheres, experimentos falhos e seguranças.

Mas eles não seriam hipócritas e diriam que sentiam muito, ou que sentiam pena, ou que se importavam com aqueles que foram contra ao que estudavam ou juraram lealdade. Eles podiam ter suas opiniões claro que podiam, mas era apenas isso, poderiam te-las mais não expo-las e para os que as expunham lhes era dado a morte. Eles são pagos muito bem para obedecerem e não para opinarem e era isso que os sobreviventes faziam, obedeciam em busca de resultado e guardavam em seus íntimos o que achavam sobre tudo aquilo, entretanto trabalhar anos machucando e torturando acaba com a humanidade e reciprocidade que deveriam ter, eles começaram a se sentir bem com aquilo assim como se sentiam bem bebendo água ou comendo, se sentiam completos. E apenas por isso continuavam, o prazer que sentiam em ver os resultados positivos ou em ver os corpos sangrarem até a morte, a sensação era inigualável.

- Um brinde! - Disse o jovem Cox alto levantando sua taça e brindando por algo frívolo para qualquer outro que visse, mas para eles era o melhor motivo para um brinde.

O sucesso ao qual todos eles aguardavam ansiosamente estava em suas mãos ou talvez não. Dentro de um dos helicópteros uma moça mechia ansiosamente em seu computador mudando rapidamente alguns componentes importantes para a nova versão do soro K9.25 que havia sido colocado na mais nova cobaia, talvez dessa forma pudessem atrasar os planos da GML.
Pelo menos é o que esperava a mulher que suspirou aliviada ao terminar e levantar sua taça junto dos outros com um sorriso raso nunca olhando ninguém nos olhos.

G.M.L Um Por TodosOnde histórias criam vida. Descubra agora