I. Prisioneiro 745201

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Quando se é criança seus pais dizem o que é certo e errado, mas com o tempo você se questiona o porquê de ser certo, ou, errado.

Meus pais diziam que era errado fumar, por prejudicar meus pulmões e essa merda chata pra caramba. A primeira vez que fumei foi estranho, engasguei, a fumaça entrou errado foi uma merda, mas a sensação foi estupenda, então era certo. Quando criança perguntei aos meus pais o que significava em si certo e errado. Primeiro disseram que isso define pelo modo que é criado; Segundo pelo modo que é tratado ou trata alguém; Terceiro, vai da percepção julgar ser certo ou errado, assim como se te faz bem ou mau.

Cigarro me faz mau é "errado" mas a sensação me faz bem então é "certo".

Mas vamos mudar de assunto, vamos pata minha apresentação:

Me chamo Gael Miller ou Polly para os próximos –basicamente ninguém– sou um ex-detetive o melhor modéstia parte, sem pai nem mãe mortos em um atentado a cinco anos, tenho transtornos de bipolaridade, psicose e sociopatia, ou seja, posso matar em unidades ou em dezenas, centenas e por aí vai. O que mais gosto são coisas contraditórias e irônicas, como por exemplo eu ser um ex-detetive assassino. Tenho 27 anos e estou preso a 3 em um hospital psiquiátrico/manicômio/prisão. Ninguém aqui gosta de mim e é recíproco, eu poderia ter fugido (?) Sim (!), mas as refeições aqui sao boas então melhor que nada.

Além da comida ser agradável, tem umas pessoas que me ajudam a passar o tédio, tanto com algumas pregações aqui e ali, quanto com brigas, jogos e apostas.

O segundo sinal do dia tocou e eu já almocei então estamos entre 13:30 ou 14:30 e meu quinto cigarro enquanto estou jogado no pátio tomando sol, até que uma sombra tapa o sol de meu rosto.

- Oi Polly, como você está querida?

Abri meus olhos e foquei na pessoa acima de mim, Marcos e seu bando de Donzelas tatuadas, nos primeiros 6 meses que estive aqui dei para ele em troca dos meus amados cigarros e agora "ele" acha que sou a Princesa dele.

- Marcos, - Levei o cigarro aos lábios e traguei preguiçosamente soltando a fumaça logo em seguida - Aconteceu alguma coisa? - Ele mudou sua feição para algo sério e eu franzi o cenho.

- Vamos ao meu quarto. - Disse, por fim se virou e saiu andando.

Apaguei meu cigarro, me levantei e o segui, sendo observado por algumas pessoas.

Já no quarto dele, ele mexia nas gavetas procurando algo, até que finalmente achou e se virou na minha direção.

- Ontem recebi uma visita - Começou a falar calmamente - Eu não sei quem era a pessoa, na verdade ela não me falou, mas me mandou entregar isso a você. - Me atentei melhor ao objeto em suas mãos - A pessoa disse que já estava na frequência e que vão ligar meia-noite.

- Alguma característica? - Perguntei pegando a caixa em mãos e escondendo em minha roupa.

- Nada - Falou Marcos - Ele ou ela usava roupas largas, capuz, máscara e óculos. Se for uma bomba...

- Você não abriu?! - O cortei - Você é um observador, vê e ouve tudo, então me diga tudo o que essa pessoa falou, me fale da postura, o modo de falar!

Marcos revirou os olhos mas cedeu.

- Uns 1,75 de altura talvez, postura ereta, firme no falar como se não fosse um pedido e sim uma ordem, batia o indicador direito ma mesa a cada 5 minutos dos 30 que é o horário de visita, só isso que percebi.

- Hum - Murmurei - Obrigado.

Após isso me retirei.

...

G.M.L Um Por TodosOnde histórias criam vida. Descubra agora