- IV. Vida normal

1 0 0
                                    

Autora
25 Março 2935, 10:32 a.m

O pequeno Gael cresceu rápido assim como os outros irmãos, mas havia um leve defeito nisso. A mente do pequeno era muito avançada para apenas 6 anos, sua força era grande mas não se comparava a dos mais velhos mais não significava que era pouca, muito pelo contrário, já haviam visto o pequeno levantar 50 kilos sem reclamar, mas o mais interessante era sua mente, ela nunca parava e talvez por isso fosse considerado o mais forte dentre eles.

Livros, quebra-cabeças, cubos mágicos eram suas atividades preferidas.

Mas apenas um tipo de livro o atraia, mistério, mas o pequeno amava desafios então tinha o mesmo livro em 5 idiomas diferentes, sendo sempre os mesmos, turco, latim, francês, inglês sua língua mãe e português, sendo a última a mais difícil para sua compreensão, não que ele reclamasse. Nunca! Amava a dificuldade em entende-la.

Mesmo sendo o mais novo se encontrava na mesma série que os três mais velhos 4° ano. Ele poderia estar em outra? Ser mais avançado? Sim, mas por decisão própria ficou naquela. Nas palavras do mesmo: Não queria estar tão afastado dos seus irmãos postiços, já que nem com eles conversava direito. E essa era a coisa que mais reclamavam os professores "Não pode fazer os trabalhos em grupo sozinho Gael" ou "Porquê não brinca com eles Gael" ou "Estou falando com você me responda!" Entre muitos outros questionamentos, perguntas e afirmações, ordens que o pequeno considetava idiota.

Calmo, frio, calculista, decidido, arrogante, ignorante, mentiroso, manipulador, incomparável, seriam essas as palavras mais ouvidas pelo pequeno e seus pais. Chegavam a dar dor de cabeça de tão repetitivas.

E uma peculiaridade dele eram as vozes que ouvia, já havia comentado elas com a família e estavam tentando tira-las de si, por até agora sem protestos.

- Gael filho saia desse quarto, sua festa está pronta. - Chamava sua mãe do outro lado da porta.

- Sim, mamãe. - Afirmou se levantando e levando consigo um cubo mágico megamix, saindo pela porta e descendo as escadas enquanto brincava.

- FELIZ ANIVERSÁRIO! - Todos gritaram e receberam de volta um bufar e revirar de olhos deste.

- Não vejo motivos para comemorar, o dia continua tendo 24 horas ou 1.440 minutos ou 86.400 segundos, é apenas mais um dia. - Decretou por fim terminando de descer os degraus e observando a decoração extravagante torceu o nariz.

Olhou em direção a cozinha vendo um bolo em formato de cubo mágico e despreocupado andou até ele sendo seguido pelos outros, parou próximo tendo o olhar questionador do resto.

- Eu desejo não ser mais incomodado em meus aniversários. - Falou simples assoprando as velas e após apagarem voltou para seu quarto e como desejou não foi mais incomodado.

30 de Março 2939
Gael/Polly

Com a permissão dos meus pais sai de casa e fui para o parque, por que? Eu amo um mistério e a carta que recebi um dia antes do meu aniversário foi enigmática demais para alguém como eu.

Sevgili sör Gael Miller, kardeş lerinizin ve sizin ciddi tehlikede olduğunuza inaniyorum hayatinin nasil başladiğini ve "kardeşlerinin" nasil ebeveynsiz kaldiğini merak  ediyorsan, gel benimle "SENIN" ilan ettiğin parkata bulos.
(Caro senhor Gael Miller, acredito que seus irmãos e você estão correndo sério perigo. Caso tenha curiosidade sobre como a sua vida começou e como seus "irmãos" ficaram sem pais venha me encontrar no parque onde você mesmo decretou como "Seu".)

G.M.L Um Por TodosOnde histórias criam vida. Descubra agora