XXVIII. Parte II

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14:33 p.m
Mercado, Caixa para pagamento 3
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- Pegamos tudo certo? - Perguntou Steve e os outros assentiram.

- Que estranho - Comentou Morgam olhando a TV do estabelecimento - Parece o Gael.

O breve comentário levou a atenção de todos a TV.

- É o Gael, esqueçam as compras ele não vai aguentar muito tempo correndo. - Disse Léo se apressando.

Gael/Polly

Minhas pernas tremiam e eu pesava o dobro do meu peso, o helicóptero e viaturas junto dos policiais não descansavam. Céus eu iria morrer!

Iria.

Essa definitivamente se tornou minha palavra preferida. A poucos metros de mim um grande e pesado caminhão esperava o sinal ficar verde. Juntando forças de onde já não tinha mais acelerei minha corrida e assim que o farol ficou verde e o caminhão partiu me joguei na frente dele e por Milímetros ele não bateu em mim, mas claro que não foi isso que viram. Após a "batida" meu corpo caio no chão e de forma desesperada o caminhão acelerou partindo para longe junto das outras viaturas que me seguiram.

Tirei o moletom que usava e me amarrei mantendo meu corpo em pé de forma firme sem fazer muito esforço.

Respirei fundo tentando conter a gargalhadas, eles são muito burros! Estão atrás de um caminhão ao invés de olhar para o que havia abaixo do caminhão.

A maioria das casas e prédios apartamentais dessa região usa gás encanado, e, talvez eu tenha tido sorte por ver uma entrada para os túneis de gás.

Mordi meu lábio e respirei fundo, espero que Steve tenha entendido.

2 horas depois

Meu corpo cedia cada vez mais e sinceramente é um milagre ainda estar acordado. Eu não posso sair daqui, viram meu rosto sabem quem sou, se eu sair daqui serei pego em segundos.

Me sinto lentamente perder os sentidos, primeiro a audição, depois a visão e por fim a força mas antes que meu corpo cedesse por completo uma mão fria segura meu pulso fazendo um choque percorrer meu corpo me fazendo reagir de imediato.

Fui puxado para cima e logo mãos quentes se juntaram as frias, senti segundos depois meu corpo ser colocado em uma superfície macia.

- Avião - Murmurei - Precisamos de um avião para China.

- Descance nós conseguiremos isso. - Disse a voz de Léo distante a abafada.

22 de Julho, 2956
00:01 a.m

Abri os olhos lentamente e respirei fundo, mexi meu braço esquerdo e senti o mesmo incômodo da agulha em minha pele.

Certamente narrar os fatos da minha vida é chato pra... Céus, é muito chato! Principalmente quando meu corpo tá ferrado, a necessidade de agir é muito maior do que a clara ordem de descanço, mas quando mais eu ajo mais cansado fico e os claros lapsos de desmaio que tenho provam isso. Meu corpo nunca vai melhorar se eu não der tempo a ele, mesmo sendo geneticamente modificado. Preciso dar uma pausa, mas não agora!

G.M.L Um Por TodosOnde histórias criam vida. Descubra agora