O22. vinnie

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Eu me apaguei

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Eu me apaguei. Eu me apeguei demais na Hera e não consigo devolvê-la pra verdadeira dona.

Sempre soube que um bichinho de estimação, seja gata ou cachorro, te faz um bem absurdo, mas nunca imaginei que fosse tanto. E mesmo eu já ter tido um cachorro, dessa vez está sendo diferente.

Todos os dias, quando a Elle vai trabalhar, eu pego a gata e vou para frente da sua porta, fico parado por alguns segundos e depois volto para o meu apartamento porque não consigo deixar onde eu peguei.

E o pior é que não existe mais uma chave reserva e eu não tenho a coragem de deixar do lado de fora. Talvez isso seja uma desculpa, mas não quero ficar longe da Hera, mesmo sabendo que a minha vizinha pode estar sofrendo um pouquinho. Ou não.

Eu já comprei caminha, potes de água e ração, e brinquedos para a mesma. Ela está se sentindo em casa e não parece querer ir embora.

Ok, confesso que ela vai a porta, fica arranhando e miando, por um bom tempo, mas depois volta ao normal. Ela gosta de ficar comigo e eu com ela.

— Não sabia que tinha gatos. — fala Maddy, se abaixando e dando a sua mão para a Hera cheirar antes de acariciá-la.

— Adotei faz umas semanas. — digo sorridente. Ela levantou e andou pela casa, observando cada cantinho.

Maddy, nunca gostou de vir ao meu apartamento e estou surpreso por ela estar colocando os pés nele... pela segunda vez, desde que me mudei pra cá, que faz uns dois anos.

Ela se jogou no sofá e colocou os pés para cima, se deitando e eu me aproximei, sentando no chão e deitando a minha cabeça em sua perna.

— E o Jordan? — pergunto, já que estranhei desde que ela apareceu aqui sozinha.

— Trabalhando né, ele agora tem um filho pra cuidar. — ela levou sua mão aos meus cabelos e começou a fazer carinhos. — E você está precisando também, agora é padrinho. Seu vagabundo!

— Ah, Maddy! — ri, virando de volta a minha atenção para frente. — Pode ter certeza que meu ou minha afilhada terá tudo do bom e do melhor. — me gabo e ela me deu um tapa.

Me virei para o seu corpo e peço permissão para tocar a sua barriga, ela assentiu levantando a sua blusa, coloco a minha mão e passo a mão devagar, sentindo o leve "morrinho" em sua barriga. Ainda é tão pequenininha.

— Não estou falando mal, mas acho grávidas com um barrigão tão lindo. — declaro e ela riu, concordando.

Maddy levantou mais a blusa e se aconchegou no sofá, eu fiquei em silêncio por alguns segundos enquanto faço desenhos aleatórios no seu abdômen.

— Você será a criança mais bonita, grande e saudável deste mundo, não importa o tamanho da casinha que está morando. — aproximo a minha boca da barriga, sussurrando. — Tem um mundão enorme te esperando, junto a um abraço aconchegante do seu dindo. — continuo conversando, com a voz suave. — Eu te amo, viu bebezinho. — deixo um beijinho e afasto a minha cabeça, ainda deixando a minha mão.

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