Prólogo

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Algumas semanas depois...

Alethea observou a comoção de pessoas através da janela da carruagem.

Bartô Riley não havia sobrevivido ao Male. O jovem forte e saudável que Alethea havia conhecido, morrera por ter descoberto que a senhora Laurent era uma espiã do rei Luís da França. E ele tentara avisá-la naquele bilhete, que Alethea ignorou por horas, tempo o suficiente para ele ser atacado e impedido de destruir os planos de Luís.

Os Rileys, em luto, choraram durante toda a cerimônia em homenagem a Bartô, mas Alethea só os viu quando já estavam saindo da capela do palácio. Nenhum sinal do rei, apesar das notícias de sua recuperação correrem pelo reino. Thomas mantinha uma postura firme ao lado da família do jovem.

Alethea não ousou descer da carruagem e se apresentar diante do príncipe, a ameaça ainda estava fresca na memória: "É traição, o suficiente para levar o sujeito para a forca." Ela mandou o cocheiro dar meia volta e levá-la de volta para casa.


Alethea acompanhava os pais e Aghata pela cidade, estavam no segundo estabelecimento cotado para o novo negócio que o pai pretendia investir: O Ateliê de costuras da Aghata.

Alethea seria a primeira funcionária da irmã, atenderia os clientes na porta e os levaria até Aghata, se não morresse de tédio no meio do caminho.

À tarde, quando voltaram para casa, Alethea queria correr para o quarto, tirar as botinhas de salto e os grampos que seguravam o penteado e pinicavam sua cabeça. Mas parou no meio do caminho, pegando as duas cartas endereçadas para ela.

Rompendo os selos, ela leu o conteúdo da primeira e depois quase caiu para trás ao terminar a segunda.

Duas cartas.

De dois reis.

Um convite para conhecer o novo palácio de Luís em Versalhes.

Uma convocação do rei Henrique para voltar ao palácio de Erbrook.

Uma oportunidade de ajudar Oscar a recuperar sua família.

Sua possível condenação por ter envenenado o rei.

O Conselho do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora