Capítulo 34

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Aiden Scott Bourbon

Eu não queria admitir em voz alta - ainda - mas eu estava apaixonado pela Rosalie. Tinha algo nela que me fazia ficar leve, rindo à toa, embasbacado. Eu queria ficar cada vez mais observando seu rosto, decorando cada traço seu.

Se isso não for paixão é alguma doença. Normal não é.

Durante o jantar eu não conseguia tirar meus olhos dela. Rosalie desperta sentimentos mistos em mim. Quero cuidar, proteger, amar. Mas também quero seu corpo, sua boca, seu gosto fixado em mim. Eu fico, muitas vezes, sem pudor ao observá-la.

Sei que ela notou, pois seus olhos ficavam perdidos ao encontrar os meus. Era divertido e ao mesmo tempo interessante. Rosalie é uma mulher interessante.

-- Avise se for transar com Rosalie na mesa. Eu escolho retirar-me antes de presenciar tal cena macabra. -- Erick sussurra bem perto do meu ouvido.

Escolho meu silêncio como resposta. Erick costuma ser o engraçadinho do grupo sempre que vê a oportunidade. Fica pior se der palco.

O jantar seguiu tranquilo. Apesar de apreciar muito a comida que nos é servida, eu apreciava mesmo eram os gestos de Rosalie. Eu estava praticamente aos pés dessa mulher e em tão pouco tempo que chega a me assustar.

Eu não estou entendendo que sentimento forte e repentino é esse, mas eu estava gostando muito. Era novo, deixava-me ansioso e em constante expectativa em tudo relacionado a ela.

Ao fim da nossa maravilhosa sobremesa, meu pai resolve dizer algumas palavras. Eu não conseguia prestar atenção nele, apenas em Rosalie. Suas expressões quando diz respeito ao meu pai são controversas.

Uma hora está tensa, com o rosto endurecido, como se estivesse pensando em diversas formas de se ver livre daquela situação. Outro momento, Rosalie sorri e acena, como se estivesse confortável.

Queria que ela confiasse em mim para dizer o que realmente se passa dentro dela. Existe algo, isso eu sei, mas preciso decidir como saber o que é. Se procuro descobrir ou espero ela me contar.

Nosso momento na área externa da torre foi delicioso. Arriscado, porém viciante. Eu sei que tanto eu quanto ela não pararíamos por ali se nos fosse possível.

Ter Rosalie à minha mercê por poucos minutos foi o teste que eu precisava pra saber que se não nos casássemos em poucos dias poderíamos facilmente cair em tentação.

Seu cheiro, sua boca, suas expressões, tudo me era convidativo. Eu vivia em um deserto, vendo a todo momento um oásis e não podendo me saciar. Era uma bela tortura.

Depois que voltamos para o grande terraço, encontramos Linna e Erick conversando. Rosalie ficou altamente constrangida diante de algumas perguntas que Linna fez sobre sua aparência extremamente corada.

Após esse momento desconfortável, entramos e nos despedimos. Rosalie estava cansada, precisava recolher-se. Mas eu, infelizmente, menti sobre o que iria fazer. Prometi a mim mesmo que após saber sobre Ivy eu contaria tudo a ela.

Essa serviçal muito ajudou-me, mas quando fui agradecer ela já não estava mais trabalhando conosco. Tinha ido embora. Ficou a sensação de ingratidão em mim e isso eu poderia corrigir hoje.

Talvez ela esteja precisando de ajuda com alguma coisa. Mesmo sendo muito estranho ela entrar em contato comigo, já que não temos amizade ou proximidade alguma. Realmente algo aconteceu.

Passei poucos minutos no meu escritório. Na verdade, eu não estava com cabeça para papéis e assinaturas. Saí da torre e fiquei à espreita. Não queria ser visto, então fiquei sentado perto de uns arbustos altos que servem de decoração.

Um presente para o reiOnde histórias criam vida. Descubra agora