Capítulo 11 - Informante

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Pov Jonathan:

– Mesmo que você esteja a ajudando, você sabe que ela não pode fazer isso sozinha Jonathan.

– Não sei do que está falando.

– Acha que não sei que você e sua namorada estão metendo o bedelho onde querem?

      Tencionei a mandíbula, claro que ele saberia hora ou outra, é do Alan que estamos falando. E quanto ao namorada, não é como se eu quisesse corrigir.

– Pra que me chamou?

– Quero que me informe sobre as pistas que ela conseguir.

– Eu não vou trair a confiança dela desse jeito.

– Imaginei que não, mas precisamos ficar por dentro de tudo e talvez ela esteja correndo um perigo sério.

      Franzi a testa sabendo que ele estava certo, vendo o corpo que foi deixado pra trás mais cedo com a Cris foi-

– Estamos lidando com um maníaco, não sabemos o que ele pode fazer mas ele está atrás da Cris.

– . . .

– Ainda desacredita de mim? Certo, acho que gostaria de ver uma coisa.

[ . . . ]

      Eu estava sentado olhando pra algo inexistente lembrando daquela conversa, fui chamado pelo Delegado depois que saí do necrotério com a Cris e de início eu não desconfiava de que ele ia me propor uma coisa daquelas. De certo modo deu pra perceber que a Cris e esse "maníaco" estavam num pique-pega depois daquele curto bilhete. Mas o que ele me mostrou....
      Se não fosse por aquele cara estranho ela realmente teria sido atropelada, eu até perguntaria quem era ele, nunca o vi por aqui mas não é isso que me pertuba agora. Me pergunto porque o Alan me mostrou isso só agora. "Vou te dar até essa noite pra pensar, estarei esperando". Foi o que ele disse e pior que eu estou realmente cogitando nisso, e ele tem razão, não é só porque eu estou a ajudando que ela pode lidar com isso sozinha e.. não Jonathan, não faça nenhuma merda da qual pode se arrepender depois, traí-la assim é um caminho sem volta.

– Entra.

      Falei quando ouvi baterem na porta e inevitavelmente eu já sabia quem era, o sorriso presunçoso da Camilly, ótimo chegou pra me encher. Surpirei e fingi fazer alguma coisa, até parece que isso adiantaria de algo.

– Oi Jonny, sabe eu estava pensando-

– Se não for incomodo, prefiro que me chame de Jonathan, não somos tão íntimos.

      Pra falar a verdade prefiro que uma certa ruiva me chame por esse apelido, não tem maldade nenhuma quando ela fala, talvez seja porque eu gosto dela mas eu chego a ficar quentinho por dentro, ao contrário de quando é dito por esse tipo de pessoa que está na minha frente, não sou lerdo dá pra notar as gracinhas.

– A-ah... Você parece tenso.

      ... Não era minha intenção constranger a Camilly, só acho inconveniente no meio do trabalho... O sujo fala do mal lavado, mas ora tudo tem exceção. Não querendo ser grosseiro dei um pequeno sorriso.

– Só foi um dia cheio.

– Entendo.

      Direcionei o olhar para as anotações que tinha feito com algumas das minhas observações, eu planejo entregar isso a Cris mais tarde, já que o Alan mandou ela pro transito de novo sem necessidade. Ouvi passos se aproximando mas não ousei levantar o olhar pra ela.

Investigação policial - Duskwood (Parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora