Capítulo 4 - Não foi um acidente

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      Na manhã seguinte eu acordei bem cedo, apesar de ter dormido um pouco tarde, me coloquei pra entrar nas redes sociais pelo menos das pessoas que eu sabia o nome do grupo. Pra minha sorte um seguia o outro e foi uma corrente. Antes do trabalho parei na porta da lan house esperar abrir, claro o Lucky está junto mas vai continuar do lado de fora.

– Bom dia Cris, aqui tão cedo?

– Bom dia Bianca, eu preciso fazer uma coisa antes do trabalho, a impressora está funcionando?

– Sim, comprei um novo essa semana.

      Respondendo isso ela abriu a sua lojinha que eu sempre vinha comprar coisa ou outra, por sorte aqui não é como minha cidade, podemos imprimir por nós mesmos.

– Mas o que veio imprimir dessa vez? Alguma foto?

– Sim, algumas.

      Prendi o Lucky num poste que havia aqui na frente e entrei com o celular em mãos, onde continha fotos que eu salvei como PDF, felizmente ela não perguntou sobre o que era enquanto eu estava imprimindo.

– Ficou sabendo que as pessoas estão desaparecendo agora?

– Hum?

– É, ouvi das minhas tias que a Hannah sumiu.

– Fiquei sabendo.

– Elas até se perguntaram se ela simplesmente não fugiu ou algo assim.

– E porque ela fugiria?

– Eu não sei, mas faria sentido, eu acho. A Hannah era querida, quem iria sequestrá-la?

      Pensei nisso por um momento e logo lembrei da nossa conversa novamente, bem...
      Quanto uma das fotos saiu eu me virei pra Bianca meio curiosa, mas acho que só estou fazendo meu trabalho.

– Então acha mesmo que ela sumiu por algum motivo?

– Bem.. não é segredo pra ninguém que a Hannah não batia muito bem.

      Franzi minimamente a testa de forma inconciente, porque todos dizem isso? A Hannah era perturbada? Vendo que eu estava ponderando sobre isso ela continuou.

– Sabe, vez ou outra ela surtava e não aparecia por um tempinho, mas nunca por quatro dias. Acho que umas horas, no máximo doze.

– Surtava?

– Longe de mim fazer fofoca mas a mãe da tia de uma amiga minha disse que ela tomava remédios, saiu o boato, fazer o que.

      Ela deu de ombros e eu guardei esse detalhe: a Hannah tomava remédios, não vou fazer tantas perguntas até porque tudo é baseado em fofocas e, nem sempre podemos confiar do que sai da boca das pessoas, especialmente quando elas fazem um telefone sem fio.

– Já minha irmã disse que pode muito bem ter sido aquele namorado dela... Tony? Tales?

– Thomas?

– É, esse aí mesmo, mas achei injusto, a culpa sempre vai pro namorado.

– Verdade.

     A culpa sempre cai no companheiro, mas sem dúvidas pode ser alguém do grupo, como também não pode, tenho que olhar isso por todos os ângulos e não me prender em apenas uma teoria.

– Hey, já que você é policial está investigando isso não é?

– Na verdade não, o caso não está comigo.

– Entendi, mas sabe de alguma coisa?

– Só o que você contou, e mesmo que eu soubesse, é assunto da polícia, sinto muito.

Investigação policial - Duskwood (Parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora