Pov Phil:
– Aquele folgado desgraçado.
Resmunguei pegando os curativos manchados de sangue que ele deixou pelo chão, quem ele pensa que eu sou? A mãe dele pra ficar apanhando a bagunça? Pra sorte daquele puto eu não deixaria "meu território" sujo daquela forma, até porque é aqui que eu guardo as bebidas poxa!
– Olha, uma empregada, mó gostosa, me dá o número aí gatona?
– Vai tomar no você sabe onde.
Conheço essa voz repugnante, olha só o que eu tenho que aguentar nesse grupo. Levantei do chão com o pano manchado em mãos, a bala pode até ter sido retirada mas ele não parou quieto e acabou de ferindo mais, do jeito que esse besta vai acabar morrendo. Ao me virar vejo a pessoa em questão me encarando de forma debochada encostado no batente da porta. Não tinha outro momento pra encher o saco? O que ele quer aqui?
– Tá sendo censurado?
– Só cala a boca e me ajuda aqui Poke.
– Ih, eu não, o chefia mandou você arrumar.
– Ora seu..
Joguei o pano mirando no meio da sua cara, mas maldito seja o reflexo desse miserável
– Calma morcego, tudo pronto para amanhã a noite?
– E eu vou saber? Isso não é trabalho meu.
– Nem meu, lembra?
– Então pergunte para o responsável seu mané!
Como eu vou saber se as encomendas estão organizadas? A culpa não é minha se é ele quem tem que tem que verificar essas coisas, as vezes nem eu sei o que tem, apenas as recebo sem questionar, essa informações só estão com o Jake, ou Nymos.
– E só pra constar, se o Jake ouvir você o chamando de chefia você já era.
– Ele não tá aqui.
– É do J.J que estamos falando.
– Verdade.... Aliás, cadê ele?
– Não sei.
Na casa da oficial, coitada. Conviver com ele não é fácil, tem dias que ele tá bem tem dias que tá mal e dias que só Jesus na causa, tomara que ele não esteja bancando o teimoso porque eu já saquei qual é a dele a vermelhinha.
– Vocês dividem o teto e você nem sabe por onde ele anda? Que irresponsável.
Revirei os olhos chegando a conclusão que estou perdendo tempo e mentalidade.
– Vai comprar cigarro Poke.
– Você é quem vende cigarro.
Belisquei a ponte do nariz sentindo a enxaqueca vindo, o lado bom de abrir negócio numa cidade pacata é que não tem concorrência, é o disfarce perfeito e a polícia é idiota, o lado ruim é um só: Poke.
– Então só vá vender essas malditas chaves.
– Por que eu deveria? É fachada mesmo.
– Saia!
Sem um pingo de paciência apontei para a saída, se ele não sair por conta própria eu mesmo faço ele sair, e não vai ser nada legal, pode contar com isso.
– Ai credo, tá de TPM? Tá bom, tô indo, nem sabe pra que eu vim.
– Pra pedir bebida de graça, não sou idiota.
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Investigação policial - Duskwood (Parada)
FanficSou a Cris, uma policial recém formada, bem, era o que eu deveria ser, a APNY, agência de polícia de New York, me transferiu pra uma cidadezinha pacata no interior na qual nunca ouvi falar, Duskwood. E.. foi quando conheci a Hannah. Só não imaginava...