Olegário adentra seu estabelecimento abruptamente ao chamar a atenção dos homens que ali estão, é noite e o cômodo está iluminado por velas em castiçais e candelabros, o silêncio é cortado pela respiração ofegante e brava do caucasiano que anda em direção a balcão do bar no outro lado do cômodo, um dos homens se levanta da cadeira em que está sentado e vai até o oltro lado do balcão para servir seu chefe que obviamente está a flor da pele. O homem pega uma garrafa de tequila e um copo pequeno de vidro transparente, o clássico copo de bar que os homens tanto gostam de usar; o copo começa a ser preenchido, o aroma da tequila faz um leve sorriso surgir nos lábios rudes de Olegário, os homens nas mesas atrás do caucasiano voltam a beber e conversar.
- Presumo que ainda não encontrou o loirinho. - Diz o homem atrás do balcão, sua voz grave e cansada soa rouca e levemente maliciosa. O mesmo aparenta ter trinta anos de idade, 1,21 de altura na estatura mesomorfo com músculos rígidos e perfeitamente desenhados, pele morena, cabelo crespo no clássicocorte militar, rosto liso pela ausência de barba e bigode, olhos verdes esmeralda e uma beleza rústica que é de fazer qualquer um se apaixonar.
- Vou te contar Francisco, aquele moleque tem sido cada vez mais ingrato. Sou tudo o que ele tem desde que era só um fedelho remelento! Eu só queria que ao menos ele se importa-se em fazer o que deve, mas parece que não estou sendo firme o suficiente. - Discursar de forma convencida e autoritária, em seguida dá um gole na tequila e bate o fundo do copo com força no balcão de madeira, o som do impacto penetra os ouvidos do moreno de forma hipnótica, Francisco suspira cansado ao apoiar suas mãos no balcão e se prepara para falar, Olegário volta seus orbes para os olhos fascinantes do moreno e aguarda suas palavras.
- Entendo chefe, e por falar nisso, quero sua permissão para sair em busca do Tom. - Diz ao finalmente revelar sua intensão, o moreno engole em seco um segundo antes de voltar sua atenção para a garrafa de tequila, girando-a para preencher o copo de Olegário novamente, alguns segundos de silêncio e tensão se estendem entre ambos os rapazes.
- Pode ir, mas antes quero que me responda a uma única pergunta. - Começa ao fazer com que Francisco fique animado com sua decisão, em seguida o moreno assente positivo com sua cabeça, deixando claro que respoderá seu feche, Olegário pega o copo e dá um gole generoso, virando-o de uma só vez. - Você se apaixonou pelo meu garoto na última vez que o dividi com você e os outros? - Pergunta ao quase rosnar de raiva, sua voz grave está baixa o suficiente para que somente ambos os homens no balcão ouçam, o brilho nos olhos de Francisco desaparece quase que imediatamente, o rapaz fica sério ao sentir seu pulso acelerar.
- Receio que sim, senhor! - Retruca.
- Se eu permitir que fique com ele, isso irá interferir nos negócios que temos por aqui? - Questiona mais uma vez, se aprofundando cada vez mais no assunto, Francisco se posiciona de forma complacente e compreensiva ao ouvir as palavras de Olegário. Por mais que queira surtar o moreno sabe que seguir as exigências de Olegário estará fazendo o "certo", intervir nos negócios já existentes seria muito arriscado, principalmente porquê Francisco não possuí autoridade ou recursos para se meter em tal combate.
- De forma alguma, senhor! - Retruca ao finalmente se pronunciar, melancólia emana de sua voz.
- Ache-o! - Brada Olegário ao estender seu copo para que o moreno o encha novamente, Francisco sorri de forma tímida um segundo antes de colocar tequila no copo de seu chefe.
Deserto - 40 quilômetros de distância ao Norte de Ardam - 7:00 da noite
Por Henrique.
O cão de caça para de andar e olha para nós como se estivesse dizendo que o rastro do cheiro de Ana havia acabado, desço do meu cavalo e caminho até o cão, me abaixo e acaricio sua cabeça, estamos em uma vale próximo a uma granfe montanha rochosa com uma entrada de caverna em uma das paredes, ainda de cócoras fito a caverna e me pergunto se Ana estaria lá dentro. Minha mente trás a tona a memória do anel em meu bolso, me levanto sem parar de encarar a caverna; precisamos encontrar Ana o quanto antes, o sol se pões há algumas horas e aqueles monstros não tardarão a nos encontrar! Penso ao girar meu corpo na direção de Thomas, o mesmo está segurando uma lanterna marroquina ao se manter sentado em seu cavalo, a luz alaranjada que revela nossos corpos é aconchegante e infelizmente entrega nossa posição.
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Ardam - Livro N° 1 na série "Oeste Sangrento" - (Em Revisão)
VampireAo Oeste do mundo existe uma pacata cidade onde seus habitantes á muito vem sendo aterrorizados por uma horrenda e pavorosa criatura da noite. Henrique luta contra a sociedade para obter a mão de sua amada em casamento, um dilema é lançado quando F...