Eu estava andando com meu pai pelos corredores do laboratório, nós íamos em direção a sala de jogos, eu finalmente iria conhecer meus irmãos oficialmente.
Paramos em frente a porta e eu fechei meus olhos, eu podia ouvir um som cada vez mais alto, eram risadas e barulhos de peças de brinquedo.
- Abra os olhos Jeanne- disse papai.
- Eu estou com medo- disse abrindo os olhos e olhando para ele- e se eles não gostarem de mim?
- Por que acha q eles não gostariam de você?
- Eu não sei, talvez eles me achem chata, ou achem que eu falo de mais como alguns doutores.
- Não ligue para o que eles dizem - ele se abaixou ficando mais ou menos da minha altura- você é perfeita, então não deixe que te digam o contrário.
- Sim papai- eu disse olhando em seus olhos.
Ele se levantou e abriu a porta, cemicerrei meus olhos para luz que vinha de dentro da sala. Ao adentrar a sala com meu pai eu vi quatro crianças na sala, elas possuíam coleiras eletrônicas com seus números de identificação, 000, 001, 002 e 003.
- Papai- disse uma garota com cabelos azuis.
Ao escutarem a garota as crianças se colocaram umas ao lado das outras. Elas pareciam alegres ao ver o papai, eu segurei a mão dele e as crianças me encararam.
- Bom dia crianças.
- Bom dia papai- elas disseram em coro enquanto voltavam sua atenção a ele.
- Hoje é um dia muito especial, poís hoje vocês irão conhecer sua irmã a código 005, seu codinome é Five, sejam bonzinhos com ela.
Ele soltou minha mão e me deu um empurrãozinho.
- Ham, Olá eu sou a Five, é um prazer conhecê-los.
- Olá Five, eu sou a Ichi- disse a garota de cabelos azuis, sua coleira tinha o número 001.
- Oi Five eu sou o zero- ele tinha uma aparência semelhante a da Ichi.
- Vocês são iguais- eu disse olhando os dois.
- Ah sim, é porque nós somos gêmeos - disse zero dando uma piscadinha.
- Nós dois também somos- disseram duas crianças de cabelos lilás.
- Olá Five eu sou a twee e esse é o Drie- suas coleiras possuíam os números 002 e 003.
- Vá lá, brinque com eles five.- disse papai.
- Sim papai.
Ele foi embora me deixando com meus irmãos. Eu brinquei com eles durante o dia, fiquei feliz por eles terem gostado de mim. Mas por algum motivo, algo dentro de mim me dizia que havia algo errado, onde estava o 004?
- Você quer saber onde está o 004?- disse Ichi
Eu não havia dito nada sobre isso, como ela sabia?
- Ah tudo bem, eu e o zero podemos ler mentes, desculpa se isso te assustou.- eu a encarava quando ela disse- Não sabemos onde ele está, ele não aparece faz tempo.
- Verdade, a última vez que eu o vi foi quando ele enfrentou o Papai- disse Drie.
- Por que ele faria isso?- eu perguntei.
- Não sabemos ao certo- disse twee
- Tudo que sabemos é que ele estava tentando fugir do Papai- disse zero- ele nunca nos contou o motivo.
- Mas entã- fui interrompido pelo barulho da porta se abrindo, era papai.
Nós nos levantamos e ficamos uns ao lado dos outros. Outros doutores entraram na sala para nos levarem as salas de exames.
Nós seguimos nossos respectivos doutores e fomos guiados até salas de exames. Eu estava com meu pai em uma sala para fazer os exames.
Ele amarrou meu corpo em uma cadeira e pegou sua seringa. Isso sempre acontecia quando eu tinha que fazer algum exame de sangue.
- Papai o que é isso?
- Não se preocupe querida, não vai doer nada.- ele veio em minha direção com a agulha em mãos- eu tive que te amarrar para que não corra, afinal você tem medo de agulhas não é mesmo?
- Não por favor!- eu fechei os olhos com força- papai você sabe que eu não gosto de agulhas!
- Não se preocupe querida é só um exame de sangue, vai ser rápido.
Ele colocou a agulha em meu braço e eu gritei abrindo meus olhos com uma dor excruciante, quando olhei, meus braços estavam queimados.
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Calamity
Science FictionUma garota que ficou 500 anos adormecida em um antigo laboratório desperta. Uma guerra se aproxima com tecnologia e magia, mas a verdade se esconde sob as cinzas. A protagonista deve descobrir a verdade sobre seu passado e sobre a origem de seus pod...